Comunicado:
O projeto de uma nova comuna libertária nasce da experiência e do debate, desenvolvido entre alguns grupos locais do Lácio, com o mérito de conciliar as visões críticas causadas pela “crise” com as realizações de práticas autogestionárias que representam o embrião contaminante de uma sociedade liberada.
Nos quase cinco anos de trabalho foram sendo progressivamente delineados os objetivos e conteúdos, através de pesquisas e experimentações, encontros, partindo dos métodos organizativos desenvolvidos no interior das atividades coletivas para definir as perspectivas econômicas, desembocando nas intervenções políticas, que assumiram um rol central na ação libertária em nosso território. O projeto começará “oficialmente” em primeiro de outubro de 2013 com a tomada de posse das casas e a divisão conjunta dos recursos iniciais, das atividades individuais dos comunais e com o cultivo dos terrenos da Comuna, que serão adquiridos sucessivamente graças a listas de apoio, créditos, doações de companheiras e companheiros. A propriedade destes bens ficará em nome da Associação “La Belle Verte”, para conseguir, retomando experiências precedentes com as quais foi aberta uma profícua relação, criar de fato um lugar sem patrões, um bem sobre o qual ninguém poderá reivindicar a propriedade, em substância um lugar do movimento. Mas o trabalho não é somente nos canteiros de obra ou nos campos: um grande espaço será dedicado aos momentos de assembleia nos quais girará a vida e as escolhas da Comuna, continuando a experimentação das práticas coerentes na base de nosso agir político e no qual doravante se construirá a nossa vida.
Este sonho, que foi cultivado junto ao cultivo de nossas hortas experimentais há mais de cinco anos, torna-se assim realidade. Os seus princípios fundamentais são sobretudo a crítica radical da propriedade privada e os modelos decisórios baseados na síntese, amplamente experimentada pelos comunais no interior do “contêiner” Povo 33, realidade libertária que em pouco menos de três anos soube tornar-se um dos maiores e mais fecundos sujeitos políticos da província de Rieti, operando em todo o território.
Mas o nó central permanece a crítica à propriedade, enquanto consideramos que a igualdade econômica seja a condição sine qua non de qualquer outra igualdade, mesmo no interior de estruturas anarquistas, porque somente através do alcance dessa condição se verifica a inclinação natural para colocar o indivíduo, a sua autonomia e o seu pleno desenvolvimento no centro dos projetos e dos métodos de trabalho. Tudo isto torna-se ainda mais importante no momento em que, na atual fase histórica, os conceitos aplicados de autogestão, ação direta, de solidariedade e apoio mútuo estão em grau de representar uma resposta concreta a uma necessidade que é percebida cada vez mais por homens e mulheres. A de interpretar e dar uma resposta a uma real necessidade de mudança que assume componentes reconhecíveis e possui uma grande capacidade de envolvimento, mas, sobretudo, de contaminação profunda.
Nas intenções dos comunais que dão vida ao projeto, a atividade visa realizar o mais alto nível de autossuficiência, de liberdade e de solidariedade, através do trabalho e do agir coletivo, apontando para a eliminação de qualquer forma de hierarquia, explícita ou implícita. A Belle deverá ser um laboratório cotidiano da autogestão, capaz de conciliar o máximo desenvolvimento das possibilidades individuais e a máxima negação das leis de mercado, em respeito às diversidades humanas, enfim, um laboratório no qual se experimente a relação entre a dimensão individual e a coletiva que, por si, tende a negar a injustiça existente na base do sistema dominante.
Longe de nós a presunção de poder facilmente alcançar estas ideias, mas somos entusiastas em iniciar juntos e enfrentar cotidianamente os conflitos contínuos entre o privado e o coletivo e a dificuldade para o alcance de uma verdadeira igualdade, contra a influência das piores leis da economia que representam, ao nosso ver, as grandes dificuldades deste percurso.
Estamos, também, desde o início conscientes e dispostos a tomar encargo das inevitáveis contradições às quais não temos nenhuma intenção de subtrairmos, reivindicando simplesmente um tão ingênuo quanto hipócrita, imóvel “purismo”, mas tentando, sobretudo, reconduzir essas contradições, desviando-as para um contexto diferente daquele que diz respeito apenas ao poder.
Para concluir queremos endereçar um convite a todas e todos para se sentirem parte deste projeto, apoiando-o, conhecendo-o mas também sugerindo, aconselhando e criticando-o.
Comuna “La Belle Verte”
Tradução > Carlo Romani
agência de notícias anarquistas-ana
No rio, o barqueiro
sem lanterna ou farol.
Somente o luar.
Sérgio Francisco Pichorim
Thank you for the support from nepal comrades ✊🏽
Ditadura foi perversa. Empatia as famílias.
foda!
nao existe comunidade anarquista em nenhum lugar do mundo, (no maxinmo sao experiencias limitadas em si mesmo com uma maquiagem…
ALEN = Ateneu Llibertari Estel Negre. Article tret d'Anarcoefemerides.