Hoje (29/10) o movimento antifascista da USP (Universidade de São Paulo) deu um grande passo na construção da luta contra os ataques fascistas na universidade. Evitamos uma invasão à FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) e fizemos os fascistas recuarem, apesar de traições e boicotes de entidades estudantis e grupos partidários.
O evento, puxado pela Antifa FFLCH – USP de maneira autônoma, independente e horizontal, foi ignorado e boicotado por Centros Acadêmicos, pelo Diretório Central dos Estudantes e pelos coletivos que os compõem. Com a grande mobilização e repercussão dentro e fora da USP, estes grupos tentaram se apropriar da manifestação de forma autoritária, desmobilizando os estudantes e acabando com a horizontalidade. Com várias manobras, transformaram um ato de autodefesa e resistência da nossa faculdade em uma assembleia/comício, aproveitando o espaço de luta para crescerem de forma oportunista. Além disso, criminalizaram manifestantes que protegiam seus rostos e suas identidades, questionaram o caráter horizontal e reivindicaram o ato para si, chegando a tomar a faixa da frente da manifestação.
Acreditamos em outra forma de luta, que saia dos discursos vagos que não mudam a realidade de quem sofre diariamente com o fascismo, e que parta para a mobilização concreta. Debates intelectuais, festas e cirandas não podem deter o avanço fascista. Que a unidade contra o fascismo não seja feita apenas quando convém a um ou outro grupo que deseja poder. Afinal, a mobilização deve ser feita para aumentar e apoiar a resistência, e não para favorecer um grupo ou partido.
Não devemos esperar que a luta seja feita por ninguém além de nós mesmos. Apoio é sempre bem-vindo quando a intenção é somar, e não dominar. Vamos nos desprender desse formato hierárquico e burocrático, liderado pelas mesmas pessoas com manobras e mentiras.
Devemos criar grupos de resistência antifascista de forma horizontal, autônoma e combativa em cada faculdade, e que delas saiam para as ruas, periferias e tomem o país. Só assim poderemos nos defender e repetir atos como o de hoje.
ORGANIZE UMA ANTIFA NA SUA FACULDADE!
ORGANIZE UMA ANTIFA NA SUA CIDADE!
ORGANIZEM-SE!
Antifa FFLCH – USP
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agência de notícias anarquistas-ana
Só o Ipê vê, pasmo,
o tremor suado — orgasmo —,
borboleta treme e passa.
Alckmar Luiz dos Santos
Dá gosto ver esses camaradas botando os fascistas pra correr pra longe. Não Passarão!
Saúde, Anarquia e Rebeldias!
Kuarup
Bom dia
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Valew
Uma mensagem a/os anarquistas que votaram:
Se preocupem com o vacilo que deram, sim!
A confusão que vocês ajudaram a estabelecer ante a/os simpatizantes do anarquismo, com relação a se o anarquismo é apenas mais um “socialismo” de Estado ou se, mais do que isto, é uma ética anti hierárquica, vai ajudar os partidos de esquerda a arregimentarem mais forças para tentarem “engolir” as organizações de luta popular realmente autônomas e horizontalizadas, como já tentaram fazer agora mesmo, no pós eleição, durante o protesto na USP de antifas não partidários.
Como diz a sabedoria popular: “Chapéu de otário é marreta!”
E como já se disse em outro lugar: não confio em ‘anarquistas’ que, ante à ameaça do fascismo branco de levantar a cabeça, correm logo para os braços do fascismo vermelho. Esses ‘anarquistas’, quando o fascismo vermelho estiver perseguindo as organizações ácratas, ficarão igual àquele punhado de membros da CNT que integraram o governo republicano simbólico, sem saberem esboçar a mínima reação, se limitando apenas a fazerem côro com a turma do deixa disso.
Vê se aprendem com mais esta entre as já centenárias experiências históricas de traições dos autoritários contra os libertários, ou então, assumam logo que no fundo o que vocês querem mesmo é serem governados!
Ferreirinha,façamos assim, diga algo para começar uma conversa, mas sem a bula e o Livro debaixo do braço. Conversemos, se achegue….
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