#LaHistoriaNoSeVende é a consigna que sócios, jogadores, fãs, amigos e am igas do Club Atlético Libertad estão levantando contra a venda do prédio que o clube possui nas proximidades do termina de ônibus de Salta.
Com 115 anos de história o Libertad é o clube de futebol mais antigo do Noroeste argentino, o sétimo na Argentina e o nono na América do Sul. Claro, ele tem sido e é um celeiro indiscutível de jogadores. Há um tempo vem sendo notícia em numerosas ocasiões, por causa do esvaziamento e irregularidades dos seus dirigentes.
Um clube de anarquistas e comunistas
A história do clube está intimamente ligada ao movimento trabalhador de Salta. Em 1901 foi fundado por trabalhadores e artesões anarquistas, e como corolário de sua fundação, em 1902, a oligarquia de Salta – da qual o atual governador Juan Manuel Uturbey é uma expressão – fundou o Club Atlético Gimnasia y Tiro, que buscou reverter a crescente influência do Club Libertad.
Os fundadores deste reconhecido clube conseguiram convertê-lo praticamente em um espaço de sindicalização, já que em suas proximidades se organizavam pintores, pedreiros, carpinteiros, padeiros, empregadas domésticas, pequenos empresários, vendedores ambulantes, entre outros, para debater sobre política, revolução, comunismo, anarquismo, acordar o preço dos trabalhos, pensar e planejar atividades sociais, e in tercambiar segredos sobre os diferentes ofícios e sobre as condições de trabalho.
Grande parte de sua história no início do século esteve estreitamente ligada ao Sindicado de Ofícios Vários e ao Sindicado de Trabalhadores Padeiros, ligados a FORA anarquista. Em razão disso, o Club Libertad quase sempre foi objeto de ataques da oligarquia de Salta. Sem embargo, graças a têmpera e as ideias dos homens e mulheres que o fundaram e lhe deram vida, o Libertad soube resistir a todos os embates até hoje.
A história não se vende
Hoje, a mais de cem anos de sua criação, o atual presidente do Club, Hécto Assef, que já está no cargo a 19 anos, pretende vender o prédio localizado em Talavera, 50, a poucos passos do terminal de ônibus, para que em seu lugar se desenvolva um projeto hoteleiro com a condição de levar a diferentes pontos da cidade a infraestrutura do Club. No negócio, Assef contou com a cumplicidade e o aval do vice-presidente da Liga de Salta de Futebol, Sergio Chibán.
Não faz muito tempo que Assef respondia a dois processos criminais por administração fraudulenta e, segundo denunciou na semana passada um sócio do clube, o presidente se dispôs a executar um “esvaziamento de sócios”. As fraudes e negociatas da presidência não param por aí, já que parte do prédio está atualmente cedido a um albergue transitório, que recebeu denúncias de maus tratos, sendo o silêncio normal ao redor desta situação.
“Parece ser um CEO de empresas, que somente enxerga um negócio para uns quantos, sabendo que o clube tem toda uma história”, sentenciou o sócio denunciante, ao mesmo tempo em que convocou também sócios, ex-jogadores, familiares, vizinhos e ao povo em geral para defender este importante legado da história de Salta, e em particular do movimento operário, que é o Club Atlético Libertad.
Tradução > Liberto
agência de notícias anarquistas-ana
saúda o dia
no horizonte a chuva
bons ventos em flor
Rita Schultz
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!
artes mais que necessári(A)!
Eu queria levar minha banquinha de materiais, esse semestre tudo que tenho é com a temática Edson Passeti - tenho…