O Poder nos conduz e, ao mesmo tempo, nos deixamos conduzir; impregnando-nos assim de sua conduta, de sua lógica… Esta frase, que pode resumir o pensamento de Michel Foucault sobre o assunto e que marca seus próprios limites pois não vai mais além da descrição, é o ponto de partida de nosso pensar/sentir/fazer: o desempoderamento.
Assim como em outros períodos históricos podíamos afirmar que as relações sociais se explicariam, fundamentalmente, pela Religião ou a Economia; nesta sociedade em transição a explicação em última análise vem da mão, ou da garra, do Poder: Patriarcado, Estado, Mercado, Escola centrípeta, Idioma… e suas alternativas: Empoderamento, tomada do Poder, Contrapoder, Empreendimento, Escola pública, Cultura nacional… tomam como centro de explicação, de batalha, de desejo: o P oder.
Toda alusão a renunciar ao Poder que temos cada pessoa, renunciar até abaixo (desempoderamento), nunca para cima (auto desempoderamento) é respondida com força por discursos pró sistema e alternativos.
Há milhares de pessoas, sobretudo mulheres, que estamos vivendo a construção coletiva de uma sociedade sem poderes. Neste livro tentaremos compartilhar nossos pensamentos/sentimentos/fazeres.
Os coordenadores desta publicação e autores de alguns de seus textos, Javier Encina e Ainhoa Ezeiza, combinam escritos de diversas assinaturas que dão conteúdo e põe exemplo a estes desempoderamentos a poderes concretos e atuais: comunitário, científico, educativo, linguístico, sanitário, desenvolvimentismo, serviços sociais, corpo em relação… muitas vezes dando resposta desde as próprias culturas populares, vivendo a construção de um novo mundo sem Poder. Assim, encontramos escritos e colaborações de: Isabel Escudero, Agustín García Calvo, Carlos Taibo, Ivan Illich, Raúl Zibechi, John Holloway, Karmele Mitxelena, María Ángeles Ávila, Gustavo Esteva, Felipe García Leiva, Nahia Delgado, Estefanía Zardoya, Emilia Negrete, Bego&n tilde;a Lourenço, Nayeli Moreno, Felícitas Ovalle, Carmen Pérez, Emiliano Urteaga, Arturo Padilla, Adrián Alejandro Morales, Julieta Santos, Erika Garrido Bazán, Raffran, etc.
A Isabel Escudero que o anseio de primaveras não lhe deixou ver este livro terminado.
JAVIER ENCINA (Sevilha, Andaluzia, 1965) trabalha como ilusionista social desde 1995. Iniciador e membro de UNILCO-espaço nômade e do Coletivo de Ilusionistas Sociais, coordenou e participou em diversas iniciativas de autogestão da vida cotidiana, principalmente em Andaluzia, México e Euskadi.
AINHOA EZEIZA (Donostia-San Sebastián, País Basco, 1971) é professora-pesquisadora no Departamento de Didática da Língua e da Literatura da Faculdade de Educação, Filosofia e Antropologia da Universidade do País Basco (UPV/EHU) e doutora em Psico didática.
Juntos coordenam o Seminário de Ilusionistas Sociais (Ilusionista Sozialen Mintegia), grupo de pesquisa e formação constituído em abril de 2015 e formado por pessoas interessadas em construir coletivamente alternativas com e desde as pessoas.
Sin Poder. Construyendo colectivamente la autogestión de la vida cotidiana
Javier Encina y Ainhoa Ezeiza (coord.)
Coeditan: Volapük Ediciones – UNILCO espacio nómada – Colectivo de Ilusionistas Sociales – Seminario de Ilusionistas Sociales
Guadalajara, abril 2017
462 páginas, 13×20 cms, Rústica con solapas
978-84-940852-7-7
16 euros
http://volapukediciones.blogspot.com.es/
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
A borboleta
inebriada de cor
vai de flor em flor
Eugénia Tabosa
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!
artes mais que necessári(A)!
Eu queria levar minha banquinha de materiais, esse semestre tudo que tenho é com a temática Edson Passeti - tenho…