Algumas dezenas de pessoas ocuparam durante toda a manhã (16/04) a entrada da embaixada da França em Lisboa, em solidariedade com as e os ocupantes da ZAD [Zona A Defender] de Notre-Dame-des-Landes. Uma ação surpresa e pacífica que terminou com violência policial.
No noroeste da França, a 30 quilômetros de Nantes, centenas de pessoas conseguiram travar a construção dum novo aeroporto, após dez anos ocupando, vivendo e cultivando na zona. Desde a passada terça-feira, numa brutal operação com 2500 polícias, o estado francês tem tentado despejar a ZAD. Milhares de pessoas têm acorrido ao local e inúmeras ações de solidariedade têm sido desencadeadas por todo o mundo.
Numa faixa colocada à porta da embaixada lia-se “Nem furos nem aeroportos, ZAD Partout”, associando a luta contra a exploração de petróleo em Portugal e a luta contra grandes projetos como o de Nantes – em defesa da Terra e do que nela resta de belo.
“ZAD em toda a parte!”, “Nem Vinci, nem Estado, a ZAD ficará”, gritaram os e as manifestantes, ao som de tambores e de trompetes, enquanto distribuíam panfletos informativos e faziam crepes em pleno passeio. Durante a animada manhã, foi permitido o acesso normal das pessoas às instalações. Os manifestantes pediram uma audiência na embaixada, que foi prontamente rejeitada. Quando, pelas 13h, se preparavam para abandonar tranquilamente o local, um desmesurado contingente policial perseguiu, cercou, agrediu, revistou e identificou as e os manifestantes.
“Há uma terra na Bretanha onde mulheres e homens vivem juntos e cultivam a terra. O governo francês decidiu construir um aeroporto, apropriando-se dessas terras sem o aval de quem lá mora. Hoje, vários milhares de soldados invadem esta área, destruindo campos e casas, atingindo e aprisionando aqueles que decidiram ficar em casa“, lê-se no panfleto distribuído. “Esta história distante lembra-nos que por todo o mundo não somos livres de viver a vida que gostaríamos. Que os nossos sonhos estão em suspenso e que chegará um momento em que teremos de lutar. Pelos nossos amigos, pelos nossos filhos…”
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