“Uma introdução maravilhosa à história da CNT, que tem o mérito de apresentar aos leitores os mais importantes debates históricos, como o legado do sindicalismo francês na jovem CNT. É louvável ver o autor quebrando os tópicos e os clichês sobre o anarcossindicalismo, tão abundantes e difundidos na historiografia dominante” Chris Ealham.
Sem o trabalho sindical, político e cultural do anarcossindicalismo, não é possível entender a história recente da Espanha ou de seu movimento operário. Fundada em 1910, a CNT não só se tornou a ser o sindicato majoritário na Espanha, mas também contribuiu decisivamente para a modernização sindical da Europa, promovendo novas estratégias de luta e formas de organização, como os sindicatos e as federações nacionais de indústria. Este trabalho analisa o contexto anterior ao seu surgimento no século XIX, com a cisão da Primeira Internacional e a importante influência recebida do sindicalismo revolucionário francês, até o fim da Guerra Civil, abordando também o seu devir nos anos da ditadura franquista e a Transição. Longe de apresentar uma história linear de seus principais fatos e eventos, Julian Vadillo busca dar prioridade às questões menos conhecidas da CNT, assim como os debates ideológicos e organizacionais importantes que ocorreram dentro dela e perceber as suas oposições e colaborações com outras organizações sindicais e políticas, assim como seu compromisso na luta contra a ditadura de Primo de Rivera, a ascensão do fascismo e o golpe de 36, dando apoio ao Governo da República. Desta maneira, também consegue questionar alguns dos tópicos que pesaram sobre a história do anarcossindicalismo: sua desorganização, o caráter insurrecionário e a violência arbitrária. Como Vadillo nos recorda, se alguma coisa distingue a história da CNT, foi seu pragmatismo (bem sucedido ou não) quando se analisa o momento político que ela viveu, dotando-se desde seu início com sua estrutura democrática e racional que revigorou e modernizou o movimento operário.
Sobre Julián Vadillo Muñoz
Professor e historiador. Doutor em História pela Universidade Complutense de Madrid (UCM), desenvolveu seu trabalho docente em diferentes centros de ensino médio e universitário, bem como em diferentes grupos de pesquisa. Especializado na história contemporânea da Espanha e da Europa, concentrou sua pesquisa na história do movimento obreiro, do socialismo e do anarquismo. Como resultado dessas investigações, publicou vários livros, entre os quais: Mauro Bajatierra. Jornalista anarquista e de ação (LaMalatesta, 2011), Abrindo espaço. A luta das mulheres pela emancipação. O exemplo de Soledad Gustavo (Volapük, 2013), O movimento dos trabalhadores em Alcalá de Henares (Silente Académica, 2013), Por pão, terra e liberdade. Anarquismo na Revolução Russa (Volapük, 2017), O Socialismo no século XIX. Do pensar à organização (Queimada, 2017). É autor de inúmeros artigos, capítulos de livros e conferências sobre essas questões, tanto nacional como internacionalmente.
História da CNT. Utopia, pragmatismo e revolução
Julián Vadillo Muñoz
Prefácio de Chris Ealham
Pág. 288
18,00 Euros
Tradução > Liberto
agência de notícias anarquistas-ana
Olhando bem
O cafezal, na verdade,
São laranjeirinhas…
Paulo Franchetti
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!