Sua vida foi uma contínua andança, um ir e vir incessante no campo de batalha das ideias e das artes, sempre apaixonado e curioso, duas virtudes dos grandes homens.
As crônicas de ontem o definem como militante anarquista e anarcossindicalista e falam de seus primeiros passos na vida. De pais burgaleses muito humildes – seu pai era obreiro nos Altos Fornos –, teve cinco irmãos, estudou em um colégio de monjas, com os Salesianos e com os Irmãos da Doutrina Cristã até 1932. Depois se pôs a trabalhar de auxiliar um tempo até que foi despedido. Teve então mais tempo e depois de ler a Faure, Büchner, Ibarreta e as revistas anarquistas da época, abandonou as ideias religiosas e militou nas Juventudes Libertárias.
Em 1933 se filiou ao sindicato El Yunque, da Confederação Nacional do Trabalho (CNT) de Barakaldo. Nessa época, colhendo uvas na Rioja, conheceu os calabouços por fazer grafites abstencionistas, participou nos protestos dos desempregados que o levaram quatro meses à prisão em 1934, foi delegado do Grupo de Defesa Confederal Carabina e teve por mestre na ação o comandante Jesús Escauriaza, chefe do batalhão Malatesta na Guerra Civil.
Em 1935 fez parte do Comitê das Juventudes Libertárias de Bizkaia e em abril desse ano o encarceraram em Larrinaga por portar uma pistola. Em fevereiro de 1939 se exilou em Le Perthus na França e sofreu os estragos dos campos de Argelès e de Gurs. Em julho de 1947 foi membro do Subcomitê Nacional da CNT em Toulouse pela regional do Norte. Nesta época foi administrador e correspondente de España Libre até que em 1954 regressou a Bilbao.
Foi até então uma vida salpicada de estilhaço, fulgor e estrondo. A partir dos anos sessenta, já exerce como secretário da Associação Artística Vizcaina e mais tarde secretário, também, da Sociedade El Sitio, ambas entidades localizadas em Bilbao. Em abril de 1972 passou a trabalhar na qualidade de gerente na Livraria Herriak, aquele projeto cultural tão apaixonante do qual pôde considerar-se cofundador.
Em 1996 escreveu suas memórias, em um livro intitulado Un anarquista de salón. Narra em 219 páginas sobretudo suas peripécias idealistas. Junto com Elena Andrés, compartilhou aficção pelas coisas belas que lhes proporcionava a arte, a literatura, o cinema, a música, o teatro e outras artes até sua morte, em maio de 2007.
PROTAGONISTA: EMILIANO SERNA
Gesta: Foi membro destacado da CNT. Esteve prisioneiro nos cárceres franquistas e na França e foi secretário da Associação Artística Vizcaína e da sociedade El Sitio, além de cofundador e gerente da livraria Herriak a partir de abril de 1972 e tertuliano do café Mauri e de La Concordia.
Fonte: https://www.deia.eus/vivir-on/contando-historias/2020/11/14/campo-batalla-ideas-artes/1078511.html
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Entre as antenas
E as casas todas iguais –
Quaresmeiras!
Paulo Franchetti
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!
artes mais que necessári(A)!
Eu queria levar minha banquinha de materiais, esse semestre tudo que tenho é com a temática Edson Passeti - tenho…
Edmir, amente de Lula, acredita que por criticar o molusco automaticamente se apoia bolsonaro. Triste limitação...