Por Cindy Milstein | 10/08/2021
Meu caro amigo e mensch #MurrayBookchin se reviraria em seu túmulo se me ouvisse dizer isso, mas entre os incêndios capitalistas desse Verão, inundações, secas, ondas de calor, tornados e outras extremas e mortíferas catástrofes climáticas do “novo normal”, e o relatório de hoje do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU “atrasado para o fim do mundo”, precisamos de um novo #GreenAnarchism (#AnarquismoVerde).
Ou como um jovem e inteligente amigo anarquista colocou recentemente quando estávamos caminhando e falando de políticas radicais (incluindo o maquinário pesado arrancando árvores por um projeto de gentrificação “verde” em um local onde pessoas sem teto haviam sido despejadas há apenas um mês), nós precisamos reunir o melhor do anarcoprimitivismo (anti-civ) ou anarquia verde com o melhor da ecologia social, sem o azedume e caricaturas polêmicas entre as áreas.
Cada perspectiva, cada uma com sua própria multiplicidade de tendências, estratégias e práticas, está, essencialmente, preocupada com o quanto nós humanos fomos afastados do ecossistema do qual somos somente uma humilde parte. Isso, em retorno, tem nos afastado de nós mesmos e uns dos outros. E essa profunda alienação abriu as comportas, por assim dizer, para que os humanos no seu todo pensem que não só são superiores e/ou separados do mundo não humano (e agora do espaço), como também podem dominá-lo – ao ponto de “nós” humanos destruirmos a própria base da nossa vida como espécie: nosso lar, este planeta.
Talvez já estejamos vendo essa mistura generalizada nas numerosas ocupações contra diversas coisas, de oleodutos, fraturamento hidráulico (fracking), à extração de madeira antiga para a expansão de aeroportos e muito mais. Eles são capazes, por exemplo, de criticar formas pelas quais a “civilização”, tal como um disfarce do colonialismo, não é ecológica, além de oferecer visões de como os seres humanos poderiam viver em relativa harmonia ecológica e social dentro das comunidades autônomas que evoluem das primeiras ocupações em muitos casos.
Eu não estou sozinha na desesperança. Nenhum New Deal Verde ou plano da ONU vai nos salvar. Somente um anarquismo ecológico e social, verde e de cuidado e atenção coletiva, poderá, ao menos, oferecer vidas que valham a pena ser vividas no tempo que ainda nos resta.
#WeAreAllWeHave #GoogleMurrayBookchin #TryEcologicalAnarchismForLife
Fonte: https://cbmilstein.wordpress.com/2021/08/10/greening-anarchism/
Tradução > Mari
agência de notícias anarquistas-ana
Aconchegantes,
Os raios do sol de inverno —
Mas que frio!
Onitsura
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!