Esclarecimentos necessários sobre a prisão política no Chile diante do negacionismo cidadão oportunista disfarçado de solidariedade e grupos de apoio.
1. A prisão política no Chile existe desde sempre, pois é inerente ao mundo autoritário e a lógica da dominação, e não começou em 18 de Outubro de 2019 com o chamado “Estallido Social”.
2. Desde 1990 até hoje, sem interrupções, existem pessoas que foram parte de diferentes expressões de combate anticapitalista que lutaram intensamente contra o Estado e nesse caminho encontraram-se em prisões, na clandestinidade ou com a morte.
3. Na década de 90 mais de 500 pessoas passaram ao cárcere, foram judicializadas pela vergonhosa justiça militar, ainda vigente à época, e condenadas por pertencer aos grupos de esquerda político-militar que mantiveram a luta armada até meados dessa década.
4. O weichan, a guerra de libertação mapuche, há cerca de 25 anos mantém weichafes e zomo weichafes prisioneiros submetidos as diversas leis do Estado chileno e que até hoje alcança seu ponto mais alto com a prisão de mais de 50 peñi e lamien em prisão.
5. Do ano 2000 em diante, múltiplos esforços autônomos e de indivíduos em guerra contra a sociedade de mercado tem conhecido o cárcere como castigo à sua opção de luta radical.
6. Desde 2005 até o dia de hoje muitos companheiros tem enfrentado a prisão como resultado de suas convicções e opções de luta: desde presos pela luta de rua, por okupações, por artefatos explosivos e incendiários, por assaltos e retomadas com mortes de policiais.
7. Desde essa época se ativaram novos processos cheios de irregularidades contra companheiros que até hoje se encontram na prisão com condenações nitidamente políticas em cumplicidade constante com a imprensa dos poderosos e toda classe política dominante.
8. Desde essa mesma época diversos esforços anárquicos têm recebido o castigo do Estado e através da perseguição constante de toda classe política, desde a esquerda do capital, por meio do Partido Comunista e toda sua claque, até a extrema direita chilena.
9. A última década tem sido de condenações contínuas, de repressão, difamação e ataque sustentado aos círculos anárquicos e subversivos com políticas nítidas da ANI (Agencia Nazional de Inteligencia) e todo seu aparato propagandístico para fragmentar e dividir os persistentes esforços de legitimar a violência insurrecional das minorias ativas que tem mantido a chama da Subversão como fermento inegável da luta direta contra a podre democracia chilena defendida nesses 30 anos pelos mesmos que hoje se apresentam como os máximos expoentes da dignidade.
11. Ninguém poderá apagar a história da resistência ofensiva dentro e fora dos cárceres chilenos, pois nela está posta o empenho de centenas de companheiros e cúmplices espalhados por todo o mundo que não pararam e não irão parar até que vejamos cair o último bastião da sociedade carcerária.
Até que todos os nossos irmãos voltem para as ruas!!
Morte ao Estado e viva a anarquia!!
Enquanto houver miséria haverá revolta!!
Pela extensão da solidariedade com os prisioneiros subversivos, anarquistas, da revolta e da libertação mapuche!!
Buscando la kalle, Informativo de prisionerxs anarquistas y subversivxs en lucha en las cárceles chilenas.
Red Solidaria Antikarcelaria con Juan y Marcelo, RSAJM.
Solidarixs y Afines con Anarquistas y Subversivxs en prisión.
Rete InternAzionalista Prigionierx Políticx (Italia).
Red de Apoyo Buenos Aires con lxs Presxs Subversivxs y Anárquicxs.
10 de fevereiro 2022.
Tradução > 1984
agência de notícias anarquistas-ana
Nesta noite
ninguém pode deitar-se:
lua cheia.
Matsuo Basho
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!