Alice Molloy, faleceu em 2 de fevereiro de 2022 aos 86 anos, após honrar uma última vez os pescadores irlandeses de Castletownbere que enfrentaram a Marinha Russa.
Como fundadora da I.C.I. A Woman’s Place Bookstore em 1971, localizada na esquina da College com a Broadway, Alice era dedicada a construir uma comunidade lesbofeminista anarquista informada e um mundo livre das amarras do patriarcado.
Em seu livro, In Other Words, Notes on the Politics and Morale of Survival, publicado em 1973 pelo Women’s Press Collective, sempre a frente de seu tempo, escreve [em tradução livre], “Essa dominância do cérebro esquerdo criou um sistema monstruoso e a tecnologia que está usando e destruindo o planeta.” Ela foi uma crítica pontual de papeis femininos e masculinos de dominância e submissão, mas, como estávamos transformando a comunidade lésbica de uma cultura marginalizada em uma força político-cultural a ser reconhecida, acreditava que “não devemos parar de desempenhar papeis. Devemos desempenhá-los todos!”
Ela nos deu, em colaboração com Carol Wilson, Natalie Lando e com as muitas mulheres dedicadas que contribuíram com seu sangue, suor e lágrimas, um lugar no mundo. Foi verdadeiramente um “Lugar de Mulher”, um lugar de encontro, um centro de informações que fornece livros, panfletos, jornais e recursos por, para e sobre mulheres, lésbicas, os movimentos por visibilidade e empoderamento, paz e justiça.
Alice acreditava que conhecimento e intuição confiante estavam no cerne de toda ação significativa. Sua franqueza e humor provocativo pende, como seu cigarro, à beira da irreverência e inconveniência, seus valores morais determinados, como seu queixo, com uma determinação inabalável em direção ao coletivo, transformação radical e desvio social. Ela era uma lésbica fora da lei, e com orgulho.
Confrontando questões ainda sem nome que envolvem lésbicas, mães que perderam direitos sobre suas crianças, mulheres assediadas no trabalho ou em casa, mulheres buscando atenção médica por tentarem permanecer sóbrias, adolescentes que escaparam de famílias abusivas, mulheres forçadas para fora do serviço militar, escritoras e artistas, A Woman’s Place era um núcleo para a comunidade ativista da Costa Oeste.
Alice nasceu no Bronx, estudou na Cathedral High School. Seguiu Diane Di Prima para a Costa Oeste e Audre Lorde a seguiu, tornando-se uma ativista frequente em nosso meio. As três criaram laços em Nova Iorque como colegas de casa e como renegadas políticas, sexuais e literárias, cada uma em seus próprios termos, e permaneceram amigas para a vida.
Nas palavras de Audre Lorde [em tradução livre], “Todas dividimos uma guerra contra as tiranias do silêncio.”
A riqueza dessa camaradagem tocou todas nós, primeiro como Gay Women’s Liberation, e então como uma livraria e ativistas de coletivos de imprensa, morando cerca de 14 mulheres na mesma casa em Oakland, onde Alice continuou até sua morte.
Alice morreu de complicações no coração e sobrevive por seus amados membros familiares, suas almas gêmeas, Elizabeth Grindon, Wendy Cadden, Willyce Kim, Judy Grahn e sua gata Gracie. Seus desejos? [Em tradução livre,] “atire em mim como um soldado irlandês”, e uma contribuição para Fair Fight de Stacy Abrams.
Fonte: https://www.legacy.com/us/obituaries/sfgate/name/alice-molloy-obituary?id=33491420
Tradução > Sky
agência de notícias anarquistas-ana
Eu limpo meus óculos
mas vejo que me enganei.
É lua nublada.
Neide Rocha Portugal
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!
artes mais que necessári(A)!
Eu queria levar minha banquinha de materiais, esse semestre tudo que tenho é com a temática Edson Passeti - tenho…
Edmir, amente de Lula, acredita que por criticar o molusco automaticamente se apoia bolsonaro. Triste limitação...