Por Marcolino Jeremias
Em destaque, foto da Cecília Meireles ao lado de José Oiticica e Lins de Vasconcelos, durante uma conferência na sede da Liga Anticlerical do Rio de Janeiro, localizada na rua Theofilo Ottoni, número 148, 2º Andar, no centro da cidade, em 26 de dezembro de 1931.
Na ocasião, diante de um numeroso auditório, a notável escritora, poetisa, jornalista e professora, com a sua peculiar firmeza de conceitos, segurança de análise e amplitude de visão, falou sobre a laicidade do ensino, dentro do tema: “Por Que A Escola Deve Ser Leiga?”. Falaram ainda José Oiticica (pela Liga Anticlerical), Edgard Sussekind, Lins de Vasconcelos (pela Coligação Brasileira Pró-Estado Leigo) e Nina Flores que, com palavras entusiasmadas, exaltou o papel da mulher na renovação do mundo.
“Por que a escola deve ser leiga? Porque é a escola da fraternidade e da sinceridade – onde todos procuram ser melhores e todos se consideram iguais. Porque é a escola verdadeiramente única: onde todos partem do princípio da vida, e onde todos vão para o fim da vida sem privilégios, sem garantias especiais, sem vantagens senão a do seu esforço, da sua independência, do seu trabalho e das qualidades que em si conseguirem despertar ou manter.
Porque é a escola única e a única escola. A que, não tendo a pretensão de ensinar nada positivamente, ensina tudo: ensina a vida, que é uma renovação de todos os dias, que é uma atenção permanente para um movimento sem fim, e em que todos somos como um operário diante da máquina: se não a vencermos com inteligência, ela, de certo, nos vencerá por fatalidade“.
agência de notícias anarquistas-ana
Chuva cinzenta:
hoje é um dia feliz
mesmo com o Fuji invisível
Matsuo Bashô
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!