Caros companheiros: por mais incrível que possa parecer, ainda não tive o desejo, nem a capacidade, nem a vontade de me sentar em frente a uma máquina para (re)-anunciar meu (re)-retorno a este mundo frenético… em todo caso, tenho a vontade de compartilhar estas breves palavras.
Seja como for, finalmente a verdade prevalece, e seus funcionários do Estado cinzento deveriam ter reconhecido que me mantiveram SEQUESTRADO por muito mais anos do que suas leis e direitos “democráticos” normalmente anunciam.
Como a vida e a morte são um procedimento burocrático para aqueles que “vencem mais do que convencem”, quando a ordem de soltura chegou ao último degrau, sem mais nem menos, eles me colocaram de repente diante das portas de uma de suas prisões. Nem sequer se deram ao trabalho de informar os advogados, colegas e familiares sobre esse fato, e eu tive que ficar lá por 40 minutos intermináveis como um imbecil até que um prisioneiro me deixasse falar ao telefone…
De qualquer forma, eu não esperava que os noivos da morte se desculpassem, mas também não esperava que eles fossem tão covardes… o fato é que nos últimos meses eu perdi mais de 15 quilos de massa muscular, mas vou poupá-los dos detalhes sinistros desse último ataque que levou mais de 3 anos e meio para ser resolvido.
Minha filha e minha companheira, sem dúvida, sofreram o impacto dessa vingança vil; para elas, agora são essas semanas de reunião e cura. A todos vocês, irmãos, irmãs e companheiros internacionalistas e solidários, vai meu amor revolucionário.
Em breve, começaremos a construir e (re)construir nossos projetos e bases organizacionais para continuar nossa luta e a luta por todas as liberdades. Em meu coração e em minha mente estão sempre aqueles que morreram em ação e aqueles que continuam apodrecendo na prisão por suas ideias e compromissos militantes e revolucionários.
Continuaremos a luta em todas as frentes contra o Estado, o capital e seus mercenários.
Pela anarquia e o fim da dominação!
Gabriel
Tradução > Liberto
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agência de notícias anarquistas-ana
A velha ponte –
No pó ajuntado entre as tábuas,
Brota o capim.
Paulo Franchetti
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!