Com cerca de 390 milhões de anos, o gênero Takakia tem sofrido com o aumento de temperatura no Himalaia
O gênero Takakia compreende apenas duas espécies de musgo, muito diferentes de qualquer outra planta. Considerados os musgos mais antigos do mundo, eles têm cerca de 390 milhões de anos e sobreviveram a três extinções em massa. Contudo, um novo estudo indica que o gênero pode não resistir às mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global.
O artigo publicado na Cell abrange mais de uma década de pesquisa conjunta no Himalaia. A cordilheira asiática, a 4 mil metros do nível do mar, é o único lugar do mundo onde é possível encontrar as duas espécies juntas, adaptadas à altitude, frio e radiação ultravioleta extremos. Ao longo de 11 anos, os pesquisadores coletaram amostras, analisaram o genoma e compararam exemplares modernos a fósseis de 165 milhões de anos atrás.
“Takakia viu os dinossauros irem e virem. Ele viu nós, humanos, chegando. Agora, podemos aprender algo sobre resiliência e extinção com este minúsculo musgo”, afirma Ralf Reski, biotecnólogo vegetal da Universidade de Freiburg, na Alemanha.
Os pesquisadores concluíram que, enquanto Takakia ostenta um genoma de comprimento médio para uma briófita, pouco mais de 27.400 genes, ele possui o maior número conhecido de genes de rápida evolução. Isso explicaria sua capacidade adaptativa, que permitiu a sua sobrevivência quando o Himalaia começou a subir, 65 milhões de anos atrás.
Mas essa evolução relativamente rápida não parece ser o suficiente para ajudar o musgo a se adaptar às mudanças climáticas. Durante esse período, foi documentado um aumento médio de 0,4 °C na região, suficiente para uma redução de 1,6% ao ano na cobertura de Takakia. A redução é consideravelmente mais rápida do que de quatro outros musgos locais.
Os pesquisadores preveem que, até o final do século 21, as condições adequadas para Takakia estarão limitadas a apenas 1.000 a 1.500 km² em todo o mundo. A essa altura, eles suspeitam que o musgo mais antigo do mundo pode estar extinto.
Outros são mais otimistas, como o biólogo evolutivo S. Blair Hedges, da Temple Univerisity, na Filadélfia. Ele lembra que existem populações em outros lugares, como Japão e Estados Unidos, indicando que ele poderia se desenvolver em diferentes condições.
Fonte: agências de notícias
agência de notícias anarquistas-ana
Lentos dias se acumulam –
Como vão longe
Os tempos de outrora.
Buson
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!