Lançamento: “Nada de Escravidão”: Dossiê Domingos Passos

“Nada de Escravidão”: Dossiê Domingos Passos”. O livro foi lançado na XIV Feira Anarquista de São Paulo. São textos de vários autores, organizado por Sergio Norte e Angela Roberti, pelo Centro de Cultura Social de SP (CCS), Biblioteca Terra Livre (BTL), Núcleo de Estudos Libertários Carlo Aldegheri (NELCA) e o Instituto de Estudos Libertários (IEL) do Rio de JaneiroEm breve estara disponivel na livraria online e fisica do CCS.

Domingos Passos era um homem negro, residente do Rio de Janeiro, na década de 1890, e era conhecido por seu profundo desejo por conhecimento. A organização de classe era um importante parte da história de sua militância, com a União dos Operários da Construção Civil (UOCC).

Também participava de festivais, peças, palestras e conferências sindicais. Além de ser eleito 2º Secretário da UOCC em 1919, no ano seguinte foi eleito Secretário Excursionista da Confederação Operária Brasileira.

Foi vítima da intensa repressão policial, tendo sido preso diversas vezes após seus inflamados discursos em suas reuniões. Sua negritude, além disso, com certeza o colocava em uma posição de alvo fácil da polícia.

Em 1927, ele retorna ao sindicalismo, na Federação Operária Local (FOSP) e atua no Comitê de Agitação Pró-Liberdade de Sacco e Vanzetti. Sofre por mais um período de novas prisões e fugas, até que termina na Bastilha do Cambuci”, na qual era alimentado apenas uma vez ao dia, vivendo em um estado deplorável e contaminado com a Doença de Chagas.

Passos foi colocado em um trem e enviado para morrer em Sengés, no interior do Paraná. Encontra abrigo e o auxílio financeiro de alguns companheiros de São Paulo.

Em setembro de 1948, Domingos Passos é encontrado morto em uma estrada do município de Senges.

No entanto, neste livro, você verá que não faltou coragem, força e resistência perante à todos os sofrimentos e provações aos quais Domingos fora colocado.

De modo trágico, assim terminam os registros de sua louca e inspiradora história de vida, repleta de repressão, exílio e isolamento – mas também de coragem, audácia e do profundo desejo pela emancipação humana de qualquer forma de opressão.

>> Mais infos:

https://www.instagram.com/centro_de_cultura_social/

http://ccssp.com.br/portal/

agência de notícias anarquistas-ana

Vento de primavera –
O mugido da vaca
Do outro lado do aterro.

Raizan

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