Mais de 300.000 pessoas nas ruas de Berlim, centenas de barcos em Colônia, uma maré humana em Hamburgo.
No sábado, 1º de fevereiro, uma demonstração de força contra a extrema direita ocorreu em toda a Alemanha. Na capital, o enorme cortejo partiu da sede da CDU, o principal partido de direita que governa o país em alternância com os social-democratas.
Em 29 de janeiro, a CDU quebrou um tabu ao votar com o partido neonazista AfD (Alternativa para a Alemanha) em uma moção anti-imigração. Essa quebra do “cordão sanitário”, em um país há muito assombrado pelo espectro do nazismo, foi a primeira desde 1945. O fim de uma era.
Essa votação conjunta normaliza a extrema direita, que está fazendo um avanço eleitoral impressionante antes das eleições gerais daqui a três semanas.
Os deputados da AfD no parlamento alemão saudaram o voto xenófobo com aplausos estrondosos. Um deles declarou: “Este é realmente um momento histórico […] Uma nova era está começando aqui e agora e essa era será liderada pela AfD”.
Em resposta: uma indignação maciça nas ruas, mas inofensiva, sem slogans revolucionários e, em grande parte, impulsionada pela social-democracia.
Um ano atrás, no final de janeiro de 2024, mais de 1,4 milhão de pessoas se manifestaram contra a extrema direita naquele fim de semana na Alemanha. A imprensa tinha acabado de revelar a existência de uma reunião secreta entre membros da AfD, um identitário austríaco chamado Martin Sellner e empresários ricos, com o objetivo de deportar vários milhões de pessoas consideradas não integradas à Alemanha.
Um ano depois, a mesma coisa aconteceu novamente. Devido à sua história, ainda existe uma rejeição maciça ao fascismo na população alemã. No entanto, essas grandes comunhões “pela democracia” não atacaram as raízes do fascismo: desigualdades crescentes, retórica militarista e racista, falta de perspectivas emancipatórias…
Fonte: contre-attaque.net
agência de notícias anarquistas-ana
tomando banho só
no riacho escondido –
cantos de bem-te-vis
Rosa Clement
Olá Fernando Vaz, tudo bem com você? Aqui é o Marcolino Jeremias, um dos organizadores da Biblioteca Carlo Aldegheri, no…
Boa tarde, meu nome é Fernando Vaz, moro na cidade de Praia Grande. Há mais de 4 anos descobri que…
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!