
A única descendente do revolucionário anarquista leonês José Buenaventura Durruti morreu na França aos 93 anos, sempre mantendo vivo o legado de seus pais.
Colette Durruti, filha do revolucionário anarquista nascido em León, José Buenaventura Durruti, e da ativista libertária francesa Émilienne Morin, morreu na semana passada na cidade francesa de Morellàs, de acordo com fontes sindicais. Também conhecida como Diana, Colette era filha única do histórico lutador anarquista, figura-chave durante a Guerra Civil Espanhola.
Nascida em Barcelona em 4 de dezembro de 1931, ela veio ao mundo enquanto seu pai estava preso, em plena Segunda República. A infância de Colette foi marcada por dificuldades econômicas e mudanças constantes, mas também por um relacionamento familiar baseado na igualdade e no apoio mútuo.
Filha da revolução
Durante a eclosão da Guerra Civil em 1936, sua mãe se juntou à Coluna Durruti na frente de Aragão, deixando Colette aos cuidados de um companheiro anarquista. Poucos meses depois, seu pai morreu na frente de Madri quando ela tinha apenas cinco anos. Esse acontecimento marcaria sua vida e a de sua mãe, que se propôs a cria-la fiel aos ideais libertários do falecido.
Depois da guerra, mãe e filha se exilaram na França, onde Colette viveu pelo resto da vida. Na década de 1950, ela adquiriu a nacionalidade francesa ao se casar com Roger Mariot, com quem teve duas filhas. Estabelecida na Bretanha, ela administrou uma empresa de laticínios antes de se aposentar nos Pireneus franceses.
Compromisso libertário até o fim
Ao longo de sua vida, Colette Durruti nunca abandonou a ideologia anarquista. Ela participou ativamente de eventos memoriais e homenagens a figuras históricas do movimento libertário, mantendo viva a memória de seu pai e de toda uma geração revolucionária. Em 2009, ela fez parte do documentário Celuloide colectivo, dedicado aos filmes produzidos durante a Guerra Civil, e em 2019, participou de um evento comemorativo no cemitério de Montjuïc.
Apesar de ter passado pouco tempo com o pai, Colette falava dele com admiração e ternura. Sua morte fecha um capítulo na história viva do anarquismo espanhol, mas sua figura continua sendo uma ponte entre a memória e a luta.
agência de notícias anarquistas-ana
A jabuticabeira.
Através de líquida cortina
olhos negros espiam.
Yeda Prates Bernis
caralho... que porrada esse texto!
Vantiê, eu também estudo pedagogia e sei que você tem razão. E, novamente, eu acho que é porque o capitalismo…
Mais uma ressalva: Sou pedagogo e professor atuante e há décadas vivencio cotidianamente a realidade do sistema educacional hierárquico no…
Vantiê, concordo totalmente. Por outro lado, o capitalismo nunca gera riqueza para a maioria das pessoas, o máximo que ele…
Só uma ressalva: criar bolhas de consumismo (que foi o que de fato houve durante os governos Lula), como estrategia…