
Pela desmilitarização e dissolução de todos os exércitos
O desenvolvimento dos algoritmos, da inteligência artificial e da informática em geral, pela mão da globalização da economia, traz consigo um novo desenvolvimento produtivo e de consumo, impulsionado pelos magnatas do setor tecnológico e normalizado pelos Estados através de diversos planos de digitalização econômica.
Na agenda geopolítica, cresce a necessidade de controlar os recursos naturais necessários para este avanço do modelo produtivo, assim como aplicar modelos extrativos e industriais neocoloniais para baratear os custos e surtir os mercados das matérias primas utilizadas para o desenvolvimento da indústria militar e outros tecidos produtivos que se desenvolvem de forma paralela dentro do mercado transnacional globalista.
A tensão de um mundo multipolar, os novos avanços tecnológicos e a gradual transformação do mercado levam os Estados a ver como necessário avançar no desenvolvimento militar. É o Estado a forma política que nasce, se articula e se mantêm pela força militar, o exército da coerção e da violência, para benefício dos privilegiados.
Através de uma constante retórica belicista do poder político de diversos Estados europeus, a UE e a OTAN demandam aumento de orçamentos de até 5% em gasto militar usando como justificativa uma hipotética ameaça russa.
No entanto, aumento de orçamentos de gasto militar pressupõe a aceleração do desmantelamento do «Estado de bem estar», com o consequente aumento da desigualdade, da privatização direta e indireta de serviços essenciais como a saúde, e o consequente aumento da desigualdade do atendimento médico, somado tudo isto ao aumento da carestia de vida.
Somos nós trabalhadores que vamos pagar as tensões políticas internacionais, e as necessidades dessa grande locomotiva insaciável e sem freios que é o mercado capitalista. O pagaremos com a exclusão do mercado de trabalho, com nossa saúde, e se “preciso” com nossa carne e nosso sangue no caso de que os Estados tentem nos obrigar a morrer no campo de batalha se for o caso. Assim como os governos russo e ucraniano fazem com a classe trabalhadora de seus respectivos países, o mesmo ocorre em outros conflitos armados do planeta.
Nós anarquistas advogamos pela desmilitarização e a dissolução dos exércitos. Trabalhamos na prática da solidariedade e do apoio mútuo com todos os trabalhadores e despossuídos para dotar-nos de ferramentas de resistência e construir uma sociedade horizontal baseada na livre federação de produtores e consumidores, baseada no trabalho associado e cooperativo. Por isso denunciaremos as barbaridades que provocam as fronteiras, os Estados, os poderes econômicos e políticos, e as guerras que tanto os beneficiam.
CONTRA A GUERRA, O ESTADO E O CAPITAL
OBJEÇÃO, INSUBMISSÃO E DISSOLUÇÃO DOS EXÉRCITOS
Grupo Tierra
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
dia muito frio
o vento desalinha
a plumagem do passarinho
João Angelo Salvadori
ESTIMADAS, NA MINHA COMPREENSÃO A QUASE TOTALIDADE DO TEXTO ESTÁ MUITO BEM REDIGIDA, DESTACANDO-SE OS ASPECTOS CARACTERIZADORES DOS PRINCÍPIOS GERAIS…
caralho... que porrada esse texto!
Vantiê, eu também estudo pedagogia e sei que você tem razão. E, novamente, eu acho que é porque o capitalismo…
Mais uma ressalva: Sou pedagogo e professor atuante e há décadas vivencio cotidianamente a realidade do sistema educacional hierárquico no…
Vantiê, concordo totalmente. Por outro lado, o capitalismo nunca gera riqueza para a maioria das pessoas, o máximo que ele…