
O regime deportou 52 prisioneiros políticos em troca de alívio nas sanções
~ Nikita Ivansky ~
O anarquista Nikolai (Mikola) Dziadok estava entre os 52 prisioneiros políticos libertados e deportados da Bielorrússia para a Lituânia em 11 de setembro último, após negociações entre o ditador Alexander Lukashenko e o enviado dos EUA, John Colae. Em troca, os EUA suspenderam as sanções contra a companhia aérea estatal Belavia e renovaram os apelos para reabrir a embaixada em Minsk, uma das maiores libertações de prisioneiros desde a revolta de 2020.
Dziadok enfrentava até 13 anos de prisão pela acusação de organizar a “Ação Autônoma Bielorrússia”, considerada pelo regime como grupo criminoso. Após cumprir 5 anos de pena, de 2010 a 2015, foi um dos últimos presos do período a ser perdoado. Embora a sua libertação estivesse prevista para abril, um novo processo foi aberto contra ele, prolongando a detenção em condições de tortura e isolamento quase total.
Como outros dos libertados, Dziadok foi levado de ônibus da fronteira da Lituânia e expulso. Oficiais da KGB bielorrussa rasgaram o seu passaporte, como fizeram com diversos prisioneiros naquele dia, deliberadamente complicando as suas vidas no exílio. A maioria dos deportados não têm estatuto legal na União Europeia, embora a Lituânia tenha concedido vistos temporários a eles.
Os anarquistas do grupo bielorrusso Pramen descrevem as deportações como “uma nova punição: em vez de tempo na cadeia, enfrentam, agora, exílio por tempo indeterminado em países da União Europeia. O regime de Lukashenko está tentando se livrar não só dos prisioneiros, mas das suas famílias, filhos e pessoas próximas, forçados a sair da Bielorrússia depois de 5 anos lutando contra as prisões”.
Nem todos aceitam o acordo. O líder da oposição, Mikola Statkevich se recusou a sair da Bielorrússia ao ser levado à zona “neutra” de fronteira, conforme relatório revelador de agentes da KGB: “Não me importa o seu líder Kolkhoz”, em alusão ao passado soviético de Lukashenko. Passadas muitas horas, homens mascarados o levaram de volta à Bielorrússia. O seu destino é desconhecido.
Diálogos sobre troca de prisioneiros políticos por sanções circularam por meses. Círculos liberais de oposição no exílio até discutem um acampamento temporário na Lituânia para hospedar futuros libertos. Hoje, na Bielorrússia, mais de 1300 continuam aprisionados, incluindo 24 anarquistas e antifascistas.
Fonte: https://freedomnews.org.uk/2025/09/12/anarchist-prisoner-released-from-belarus/
Tradução > CF Puig
agência de notícias anarquistas-ana
de momento em momento
tudo que eu digo
se choca com o vento
Camila Jabur
boa reflexão do que sempre fizemos no passado e devemos, urgentemente, voltar a fazer!
xiiiii...esse povo do aurora negra é mais queimado que petista!
PARABÉNS PRA FACA E PRAS CAMARADAS QUE LEVAM ADIANTE ESSE TRAMPO!
Um resgate importante e preciso. Ainda não havia pensado dessa forma. Gratidão, compas.
Um grande camarada! Xs lutadores da liberdade irão lhe esquecer. Que a terra lhe seja leve!