
Indígenas da Amazônia, cujos territórios estão sendo afetados pela exploração de petróleo e gás, ofereceram os seguintes comentários sobre os bancos que mais financiam a expansão de combustíveis fósseis naquela região:
Olivia Bisa, presidente do Governo Territorial Autônomo da Nação Chapra (Peru), disse: “É revoltante que o Bank of America, o Scotiabank, o Credicorp e o Itaú estejam aumentando seu financiamento a petróleo e gás na Amazônia justamente em um momento em que a floresta está sob grave ameaça. Há décadas, os povos indígenas sofrem os impactos mais severos dessa destruição. Estamos pedindo que os bancos mudem de rumo agora: ao encerrar o apoio às indústrias extrativas na Amazônia, eles podem ajudar a proteger a floresta que sustenta nossas vidas e o futuro do planeta.”
Ingry Mojanajinsoy, Presidente da Associação dos Cabildos Inga do Município de Villagarzón Putumayo (ACIMVIP) (Colombia):”Empresas petrolíferas como a Gran Tierra trouxeram conflito, deslocamento e perda cultural para o nosso território. Apesar de anos de resistência, a Gran Tierra continua se expandindo, ameaçando nosso modo de vida. Os bancos que financiam a Gran Tierra devem parar imediatamente. Nunca demos consentimento para que o petróleo fosse extraído de nossas terras.”
Jonas Mura, cacique do Território Indígena Gavião Real (Brasil): “A Eneva tem causado muitos prejuízos no nosso território. O barulho, o tráfego constante de caminhões e as explosões têm afugentado os animais e afetado nossas caças. Pior ainda: estão entrando sem o nosso consentimento. Nosso território se sente ameaçado, e nossas famílias estão sendo diretamente prejudicadas. Vivem aqui cerca de 1700 indígenas, e a nossa sobrevivência depende da floresta. Pedimos que bancos como Itaú, Santander e Banco do Nordeste parem de financiar empresas que exploram combustíveis fósseis em territórios Indígenas. Essas empresas não têm compromisso com o meio ambiente, nem com os povos originários e tradicionais, nem com o futuro do planeta. Esses investimentos são cúmplices de um genocídio: estão matando nossa cultura, nossa história e destruindo a biodiversidade da Amazônia.”
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Nossas armas, são letras! Gratidão liberto!
boa reflexão do que sempre fizemos no passado e devemos, urgentemente, voltar a fazer!
xiiiii...esse povo do aurora negra é mais queimado que petista!
PARABÉNS PRA FACA E PRAS CAMARADAS QUE LEVAM ADIANTE ESSE TRAMPO!
Um resgate importante e preciso. Ainda não havia pensado dessa forma. Gratidão, compas.