
Por Radio Onda Rossa (Itália) | 20/11/2025
O movimento anarquista da Amazônia organizou uma Contra-COP autônoma e sem figura institucional, a diferença para a Cúpula dos Povos, que terminou domingo, bem próxima ao governo Lula.
Entrevistamos dois camaradas do CCLA (Centro de Cultura Libertária da Amazônia) para quem a COP30 está configurada como um grande palco para o Estado burguês e as multinacionais, marcada pela forte presença de lobistas dos setores de petróleo e mineração. Reflete uma disputa interna dentro da burguesia global: por um lado, quem quer manter a economia dos combustíveis fósseis, por outro, quem promove a transição energética baseada na extração de terras raras e na financeirização da natureza, como o mercado de carbono. Ambas as frentes visam transformar a Amazônia em um laboratório de capitalismo verde. Além disso, a presença de ministros como Marina Silva (Ministra do Meio Ambiente) e Sônia Guajajara (Ministra dos Povos Indígenas), Guilherme Boulos (Ministro da Secretaria Geral) e André Corrêa do Lago (Presidente da COP30) durante a Cúpula dos Povos teria neutralizado os impulsos mais radicais.
A Contra-COP anarquista propôs debates, assembleias e iniciativas internacionalistas inspiradas na ecologia social de Murray Bookchin, argumentando que não há sustentabilidade sem romper com o capitalismo, o patriarcado e o racismo estrutural.
Ao mesmo tempo, outras lutas territoriais são destacadas, como a Marcha da Periferia, que denuncia o genocídio do povo preto, o avanço das milícias fascistas e a gentrificação acelerada pelo trabalho para a COP. Na região do Baixo Tapajós, também colaboram nos processos de autodemarcação das terras indígenas, consideradas ferramentas essenciais para a autodefesa comunitária.
Para os militantes, o anarquismo permanece uma tradição viva na luta social contemporânea e representa uma proposta concreta para um futuro baseado em autonomia, mutualismo e vida com qualidade.
Para mais informações: https://cclamazonia.noblogs.org/
Para ouvir (36:24s) a entrevista em italiano-português: https://www.ondarossa.info/newsredazione/2025/11/contro-cop-anarchica-belem
agência de notícias anarquistas-ana
saúda o dia
no horizonte a chuva
bons ventos em flor
Rita Schultz
compas, ollas populares se referem a panelas populares, e não a ondas populares, é o termo usado pra quando se…
Nossas armas, são letras! Gratidão liberto!
boa reflexão do que sempre fizemos no passado e devemos, urgentemente, voltar a fazer!
xiiiii...esse povo do aurora negra é mais queimado que petista!
PARABÉNS PRA FACA E PRAS CAMARADAS QUE LEVAM ADIANTE ESSE TRAMPO!