
por Floréal | 15 de dezembro de 2025
Assim que se soube o resultado das eleições presidenciais no Chile, que viram a vitória do candidato de extrema direita José Antonio Kast, muitos exilados cubanos, especialmente nos Estados Unidos, comemoraram publicamente, assim como haviam comemorado anteriormente a eleição de Trump para a Casa Branca. Embora alguns deles tenham se mostrado um pouco decepcionados com este último, de quem esperavam uma política muito mais hostil ao regime comunista da ilha, isso obviamente não os levou a posições mais moderadas.
Quando se denuncia, com razão, as inúmeras violações dos direitos humanos cometidas pelo regime castrista e sua sinistra polícia política, há algo de francamente lamentável em exibir a alegria de ver eleito um admirador de Pinochet, principal responsável pela morte de 3.200 pessoas e pela detenção ilegal de quase 30.000 outras, com tudo o que isso implicava em termos de humilhação e tortura. Em matéria de violações dos direitos humanos, denunciar uns e esquecer voluntariamente outros não é moralmente nem humanamente sustentável. É uma pena que muitos exilados cubanos não estejam manifestamente convencidos disso. Na verdade, muito poucos deles se interessam realmente pelo perfil político desses candidatos de direita, moderados ou extremistas. Eles se limitam a uma visão “cubano-centrada”, perguntando-se em que medida um país não governado pela esquerda poderá prejudicar a ditadura cubana. Isso lhes basta.
O ódio ao comunismo à maneira castrista, amplamente justificado tendo em conta o que esses cubanos viveram e o que os seus compatriotas continuam a viver no país, faz com que, infelizmente, se voltem com demasiada frequência para a extrema direita, que também sabe muito bem como suprimir muitas liberdades individuais ou coletivas. Quando a opção que a política impõe se limita a escolher entre a peste e a cólera, é porque o mundo está decididamente muito mal, e, portanto, ninguém é obrigado a fazer uma escolha.
florealanar.wordpress.com
agência de notícias anarquistas-ana
a lua na rua:
um gato lentamente
torna-se minguante.
André Ricardo Aguiar
Anônimo, não só isso. Acredito que serve também para aqueles que usam os movimentos sociais no ES para capturar almas…
Esse texto é uma paulada nos ongueiros de plantão!
não...
Força aos compas da UAF! Com certeza vou apoiar. e convido aos demais compa tbm a fortalecer!
Não entendi uma coisa: hoje ele tá preso?