Na quarta-feira, 12 de novembro de 2014, o reitor da Universidade de Atenas, apoiado pelo governo, ordenou o fechamento dos prédios da Universidade localizados no centro de Atenas. O documento oficial assinado pelo reitor (nem sequer pelo senado universitário) citou que os prédios da Universidade no centro de Atenas permaneceriam fechados desde quinta-feira, 13 de novembro, até terça-feira, 18 de novembro, com vista à celebração dos eventos comemorativos de 17 de novembro na Escola Politécnica de Atenas.
A cada ano, em 17 de novembro, acontecem eventos de comemoração e manifestações em memória da revolta estudantil e popular de 17 de novembro de 1973 contra a ditadura de então. Poucos dias antes da ordem do reitor, a assembleia dos estudantes da Faculdade de Direito (cujo edifício é um dos poucos localizados no centro da cidade e não no campus universitário) tomou a decisão de proceder a ocupação dos edifícios da Universidade desde sexta-feira, 14 de novembro.
Esta ordem do reitor da Universidade de Atenas vem poucos dias depois de as ocupações e mobilizações dos estudantes secundaristas em todo o território do Estado grego, e, certamente, após a decisão da assembleia dos estudantes universitários de ocupar o prédio da Faculdade de Direito.
Por outro lado, tudo isso surge apenas alguns dias antes da realização da massiva manifestação e marcha que vão acontecer na segunda-feira, 17 de novembro. O Regime está se preparando para a repressão direta e indireta deste evento, cortando o acesso às universidades do centro, que se converteram nos centros de coordenação da luta em tais mobilizações, antes da abolição do asilo universitário.
O Regime mobilizou mais de 7.000 policiais para a repressão de qualquer tentativa de realizar manifestações contra ele, antes, durante e em conexão com a manifestação de 17 de novembro. Neste contexto, desde a quinta-feira, 13 de novembro, os edifícios centrais da Universidade de Atenas estão cercados por fortes forças policiais.
Quando foi emitida a ordem para fechar a Universidade, vários grupos de estudantes convocaram uma manifestação para hoje, quinta-feira, 13 de novembro, às 8h. Os estudantes se reuniram do lado de fora do campus da Universidade para protestar contra a presença da Polícia e a evacuação e o fechamento dos edifícios da Universidade. As chamadas forças antidistúrbios avançaram contra os estudantes. Das cacetadas que receberam, dois estudantes ficaram gravemente feridos na cabeça e no rosto, respectivamente, e foram levados para o hospital.
Após estes incidentes, às 13h, centenas de estudantes se reuniram numa manifestação perto dos edifícios da Universidade, no centro de Atenas. Em seguida eles marcharam pelo centro da cidade. Às 17h, outra manifestação massiva foi realizada no centro de Atenas. A marcha terminou no edifício da velha Escola Politécnica, onde recebeu outra arremetida policial (link do vídeo abaixo). Alguns dos estudantes conseguiram entrar no espaço da Escola Politécnica, porém, a marcha já havia sido dissolvida.
Por outro lado, em Tessalônica, o reitor da universidade da cidade ameaçou seguir o exemplo do reitor da Universidade de Atenas e fechar a Universidade. As aulas foram suspensas e as salas de aula foram cerradas. Na parte da manhã, muitos estudantes se reuniram na Universidade buscando maneiras para realizar uma assembleia. E tudo isso três dias antes da grande manifestação de 17 de novembro.
No momento que esta notícia está sendo escrita, a situação permanece tensa. Vamos atualizar as informações contidas neste post ou, se necessário, em outro(s).
Vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=4WCE6iCvK5g
O texto em castelhano:
agência de notícias anarquistas-ana
A cerejeira
cor de rosa florida
ficando verde.
Sérgio Francisco Pichorim
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!
artes mais que necessári(A)!
Eu queria levar minha banquinha de materiais, esse semestre tudo que tenho é com a temática Edson Passeti - tenho…
Edmir, amente de Lula, acredita que por criticar o molusco automaticamente se apoia bolsonaro. Triste limitação...