Como o guepardo nunca viaja sem as suas pintas, o individualista afasta, jamais, de suas próprias condutas: “escutar” ao invés de “afirmar”, “observar” no lugar de “certificar”, “questionar” e não “fincar”. O libertário tenta pertencer a si, se esforça para evitar as subordinações, carrega a crítica à monocracia fundada na obsessão do controle, a loucura do dinheiro, a mania de sectarismo, o desejo constante de se tornar rebanho.
Faz-se dragagem em águas rasas, misturados em um único vórtice: individualismo, narcisismo, egoísmo. Fatal desatenção! O primeiro é a busca pelo caminho singular, enquanto o segundo é a jornada pelo espelho; o último teima em apagar os outros dois.
O individualista libertário permanece longe, distante dos pregos, gato escaldado, não se aproxima, nem se mistura ao rebanho servil de herbívoros alinhados.
Este dicionário – 320 entradas, de “Abstenção” à “Zo d’ Axa”, 75 notas biográficas, e 50 textos fundamentais – o primeiro repertório escrito sobre o assunto, revive, atualiza, re-ativa a corrente individualista-libertária, autenticamente inovador, resolutamente contemporâneo.
Michel Perraudeau é acadêmico e ensaísta. Publicou sob a mesma coleção “Léo Ferré, poétique du libertaire” (2008), “Vendée 1793, Vendée plébéienne” (2010).
Aux Editions Libertaires. 288 páginas. 15 €.
Distribuído por “Court-Circuit Diffusion”.
Tradução > Tio TAZ
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!