Onda repressiva contra o anarquismo ibérico

Nesta quarta-feira (14) a companheira Tamara foi condenado a 8 anos de prisão. Ela é acusada de enviar um pacote-bomba a Albert Batlle, secretário de Serviços Penitenciários da Catalunha, no marco de uma campanha pela liberdade de Amadeu Caselles. Está detida desde 15 de dezembro passado. Em princípio, o promotor pedia 12 anos de prisão por tentativa de homicídio e posse de explosivos.

Mais infos sobre o seu caso aqui:

http://info.nodo50.org/Tamara-Libertad.html

http://tamaraalacalle.blogspot.com/

Após a decisão das autoridades judiciais ocorreram manifestações de apoio a Tamara em Sevilha, onde foi colocado banners em diferentes acessos da cidade e ações em Barcelona, ​​onde vários contentores de lixo foram arrastados e queimados em plena rua. Também aconteceram ataques em algumas agências bancárias e pichações em Valência.

Mas hoje, dia 16, foi divulgada pela imprensa corporativa a notícia da prisão do companheiro José Lopez Mendendez, de 30 anos, por supostamente ter colocado nada menos que 32 bombas em Madri nos últimos dois anos. Segundo a polícia: A maneira de realizar os ataques era “bastante rudimentar”, mas sempre conseguia atingir seus objetivos. Embebia um cobertor num líquido inflamável e colocava para secar. Depois cobria com o cobertor cilindros de Campingaz ou spray de gás para recarga de isqueiros. Isso produzia explosões de intensidade moderada, mas capaz de destruir a entrada dos locais que tinha como alvo.

Esta notícia deixa no ar muitas perguntas, e como de costume apenas foi conhecida a versão policial dos acontecimentos. Tudo isso exatamente num momento em que são previstas grandes manifestações em Madri. Sem ir muito longe, em 18 próximo haverá inúmeras manifestações contra a privatização, e no dia 29 uma jornada de luta e agitação para uma greve geral.

Também o sindicato CNT [anarcosindicalista] recebeu uma denúncia da organização de extrema-direita HazteOir, pela campanha feita contra a visita do Papa em agosto passado. MasLibre.org (uma associação que depende HazteOir), acusa este sindicato de:

• Provocação ao ódio e à violência por motivos religiosos – artigo 510 do CP;

• Reunião ou manifestação ilegal – artigos 513 e 514 do CP;

• Contra os sentimentos religiosos – artigo 525.1 do CP;

• Apologia do terrorismo – artigos 571 e seguintes do CP;

• De genocídio, tal como definido no artigo 607.2 do CP.

Fonte: alasbarricadas.org