A seguir, publicamos uma introdução informativa sobre os eventos realizados durante a Primeira Feira do Livro Anarquista, celebrada em Patras de 29 a 31 de maio de 2014. O texto foi publicado em grego na página web da Feira.
No sábado 31 de maio de 2014 a noite, terminou a Primeira Feira do Livro Anarquista celebrada em Patras e organizada pelo centro social autogestionado “Epi Ta Proso”. Desde quinta-feira, 29 de maio, em um dos pontos mais centrais da cidade esteve em funcionamento um dos focos de difusão das ideias anarquistas e libertárias mais vivas, que abarcou uma série de atividades com vários formatos (apresentações de livros, debates, projeções, eventos culturais, etc.).
Concretamente, na quinta-feira, 29 de maio, a partir das 17h (apesar do mal tempo) iniciou a feira do livro, de material impresso, e dos produtores de música independente. Pouco depois das 19h iniciou a apresentação da revista política Anarquismo Social, e em seguida teve lugar um debate muito interessante sobre a questão da organização do movimento anarquista, as formas e maneiras que ela pode tomar, assim como sobre a necessidade que hoje em dia a faz mais atual que nunca.
Na sexta-feira, 30 de maio, à tarde, companheiros e companheiras do grupo de auto-educação da okupa Sinialo apresentaram o manual de aprendizagem do idioma grego para refugiados e imigrantes, e em seguida realizou-se um debate sobre o conceito que regeu sua redação, e a importância da aprendizagem do idioma dominante no país de acolhida, já que facilita uma série de questões fundamentais da vida cotidiana dos imigrantes e dos refugiados.
Em seguida teve lugar a apresentação do livro “Louise Michel: Os escrevo desde minha noite”, a apresentação de uma crônica do período da Comuna de Paris de 1871 pelo grupo Technia Plin, e após a projeção do filme “Louise Michel, a Rebelde”, legendada pelos companheiros da okupa Sinialo. Simultaneamente aos eventos no festival, esteve em funcionamento uma exposição de material sobre a Comuna de Paris (organizada pelo grupo do curso de francês da okupa K*Vox), enquanto se distribuíam textos sobre a Comuna, que foram impressos por ocasião dos eventos da Feira. A jornada terminou com uma festa, com música rebelde, para o apoio financeiro do festival e da reapropriação dos espaços públicos.
No sábado, 31 de maio, pela manhã, celebrou-se uma feira do livro na praça maior da cidade, enquanto que pela tarde, realizaram-se duas apresentações de livros: A primeira foi feita pelas edições Kókkino Nima (Fio Vermelho) sobre o livro “Anarco-comunismo: A exploração do futuro no presente”, e a segunda foi a do livro de D. Graeber “Dívida: Os primeiros 5.000 anos”, feita pelas edições Stasi Ekpiptontes. O festival concluiu com uma magnífica apresentação teatral intitulada “O feio” pelo grupo teatral Tote Pote (Então Quando).
Ao longo dos 3 dias que durou o festival, foi dada a oportunidade a muitas pessoas para entrar em contato com os livros anarquistas, discutir, assistir a eventos e processos que promovem uma proposta de vida e luta diferente, uma cultura diferente da imposta pelos soberanos, e que buscam as formas que conduzam à derrocada do atual modelo capitalista de organização social, e a criação de uma sociedade de igualdade, solidariedade e liberdade.
Como escrevemos no texto de apresentação do festival “num momento em que dentro dos próprios movimentos de resistência estão sendo estabelecidas condições de desprestígio da deliberação e aprofundamento político, os organizadores da Feira acreditam que a promoção da autoeducação, da pesquisa teórica e política, da preservação da memória social e de classe contra o estilo de vida (life style) anarquista e a introdução da subcultura dos ultras na política, constituem questões particularmente importantes no caminho da reconstrução do movimento radical e revolucionário”.
Expressamos nosso profundo agradecimento a todos aqueles que responderam positivamente a nosso chamamento para realizar dito festival. Projetos editoriais, grupos culturais, espaços autogestionados, okupações e coletivos políticos. Sem sua presença e sua contribuição isto seria impossível.
Seguimos lutando nas ruas da resistência, a auto-organização, a solidariedade e a coletivização, até a revolução social, a anarquia e o comunismo!
Fonte e mais fotos: http://anarchistbookfairpatras.wordpress.com.
O texto em castelhano:
Tradução > Sol de Abril
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na vastidão
Rosa Clement
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!