“O perfil dos black blocs não muda. É quase sempre o mesmo: desempregado e jovem, acha que a única maneira de resolver seu problema é quebrando tudo. Já está se tornando uma diversão para eles, como se fosse sair numa sexta-feira à noite”
Wagner Giudice, delegado do DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais)
“Em uma sociedade que aboliu toda forma de aventura, a única aventura restante é abolir tal sociedade”
Internacional Situacionista
A publicação “Balaklava: Um Chamado à Guerra Nômade” foi lançada no outono de 2014 e teve algumas centenas de cópias distribuídas gratuitamente por nossas células em várias das cidades onde ocorreram os atos do 15 de maio, o 15M, dia internacional de luta contra contra a Copa do Mundo de Futebol.
Vemos a essa luta contra a Copa como uma continuação das ondas de lutas libertárias e radicais que surpreendentemente emergiram e se fizeram visíveis – junto a outras não tão libertárias assim – durante o último semestre de 2013. Setores e grupelhos com uma disposição radical para a luta conseguiram se encontrar e disseminar seu teor crítico e ações anárquicas, mas também atraíram a atenção do Estado e seu poder repressivo que promete, e vem sendo, implacável no ano de 2014.
Os mega eventos e seu legado de leis de exceção, repressão a movimentos sociais e ameaça aos direitos básicos de diversas comunidades são exemplos de como o Capitalismo mundial precisa de pontos de ruptura para adaptar e tornar ainda mais brutais os aparatos através do qual suas classes dominantes mantêm o poder e o controle sobre nós. É nesse cenário que nos levantamos para continuar compartilhando experiências e conhecimento crítico, além de fazer novos chamados e buscar melhores encontros.
O texto está dividido em 13 capítulos, com 80 páginas, que analisam as lutas no Brasil desde junho de 2013, mas também sua relação e conexão com outros levantes como os que simultaneamente tomaram lugar na Turquia e também o que varreu a Grécia em 2008 e a Primavera Árabe de 2010 e 2011. Além disso, conta com um apêndice sobre cultura de segurança e reflexões sobre o controle imposto a todas nós na era conhecida como auge da comunicação digital.
Cópias estão sendo enviadas anonimamente para diferentes editoras e distros que pensamos poder ser um ponto de difusão para esses debates. Todo o texto, assim como outros materiais libertários e relacionados à segurança e munição para a resistência anti-capitalista pode ser encontrada para download no site do projeto (balaklava.noblogs.org/o-texto).
agência de notícias anarquistas-ana
Arco-íris no céu,
chega ao fim o temporal:
tobogã de gnomos.
Ronaldo Bomfim
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!