Com uma poesia direta, de marcado tom insurrecional, peças breves e preferência pela contundência, a busca da precisão, as enumerações e os jogos de palavras, Jorge Maíz Chacón, após “Los suculentos quejidos de la turba”, “Los infractores con la careta de la revancha”, “Muchedumbres” e “La cárcava de los iracundos”, continua atacando o capitalismo com fúria em versos sem concessões.
A presente coletânea poética prossegue as linhas e formas traçadas em suas obras anteriores. Nesse sentido, o autor ainda deve perfilar a disposição da tensão poética, que fica sujeita a expressão de uma raiva que flui os versos. Por sua vez, Maíz Chacón continua jogando com a disposição do texto na página.
Desde uma perspectiva libertária, o escritor desnuda a falsa democracia em que vivemos e seus métodos de controle. Assim mesmo, a explosão insurrecional fica refletida nas múltiplas alusões à análise social na Grécia. A resistência popular helena aparece como símbolo e como modelo, como ícone das contradições e das tensões transbordadas a que a crise tem levado o capitalismo na atualidade e também dos métodos para enfrentá-la. Se mostra especialmente beligerante com o Poder financeiro, com sua capacidade de submissão e com a aceitação de sua lógica por parte dos cidadãos.
Igualmente, revela uma consciência ecológica, que se constata na dor ante a destruição do meio ambiente e o clamor pelo decrescimento. Além do alarme ante a depredação da natureza, postula uma nova relação com ela; de respeito, uma vez se assume a inclusão do ser humano como parte indissociável dela.
Para finalizar, se deve assinalar a inclusão de várias peças escritas em outras línguas, como em seus livros prévios (euskera, catalão, esperanto). Desta maneira, manifesta uma intenção internacionalista, consequente com seu projeto de fraternidade.
Assim, Maíz Chacón compartilha uma poesia de agitação, um canto radical de insubmissão e uma declaração à ação direta, sem mediadores, para recuperar a vida e a dignidade.
Alberto García-Teresa – la República Cultural.es
“Hirsutos y maleantes” (Hirsutos e meliantes)
Calumnia, Mallorca 2014
80 págs. Rústica 17×11 cm
ISBN 9788461683772
5 Euros
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
A palavra-chave
sempre se esconde
atrás da porta.
Lêdo Ivo
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!