C o m u n i c a d o:
Saudações, anônima comunidade portadora de sentido e radicalidade! Estamos muito contentes de lhe dizer que estamos de novo no ataque. Vocês sabem que desejávamos fazer um curso, e sabem também que as fontes da má consciência jorraram em louco frenesi reativo e ressentido e escravo e e e… toda a multiplicidade de má consciência. Agora redobramos a aposta e faremos um Colóquio internacional intitulado Anarquismo e Pós-estruturalismo. Isto é:
Tens algo a dizer?
Pense!
E alguma coisa para fazer?
Coloque-se!
O que pode ser fatal, louco, desmedido? Talvez. Mas a verdade é que “quanto à responsabilidade ou irresponsabilidade, não sabemos nada de tais noções: deixamos isso à polícia e aos psiquiatras de tribunais” (Deleuze e Guattari, 1972).
Agora, e sendo muito mais sérios: será que tem algo a ver o anarquismo e o pós-estruturalismo? Talvez. Talvez um pouquinho, ou um absurdo. Vamos ver.
“Alguém disse aqui que os revolucionários procuram tomar o poder. Pois bem, eu seria muito mais anarquista, mas não no sentido de que não admito essa concepção totalmente negativa do poder, mas no sentido de que não concordo com vocês quando dizem que os revolucionários procuram tomar o poder. Ou melhor, “graças a Deus sim”. Para os verdadeiros revolucionários tomar o poder significa arrancar um tesouro das mãos de uma classe para entregá-lo a outra que, neste caso, é o proletariado. Creio que é assim que se concebe a revolução e a tomada do poder. Mas, observemos então a União Soviética, um regime em que as relações de poder dentro da família, na sexualidade, nas fábricas, nas escolas, são as mesmas que são conhecidas no Ocidente. O problema é saber se podemos, dentro do atual regime, levar em níveis microscópicos as relações de poder de tal maneira que, quando se produza uma revolução política e econômica, não encontremos depois as mesmas relações de poder que existem hoje” (Foucault, 2011).
Podemos?
Data: 22 e 23 de outubro de 2014
Chamada para propostas: É possível repensar o anarquismo e a anarquia? É necessário? Como pensar o anarquismo desde e logo o pós-estruturalismo? O que se atualiza do anarquismo virtual do século XIV à luz do pensamento contemporâneo? Tens algo para dizer?
Mesas: Anarquismo e marxismo. Teoria clássica anarquista. Pós-anarquismo. Teorias contemporâneas anarquistas (insurrecionalismo, primitivismo, queer, veganismo…).
Tens algo para fazer? Performance, rádio ao vivo, teleconferências, apresentação de livros e revistas, arte plásticas, dramáticas e visuais…
Montevidéu, local a ser confirmado.
Envio de resumos e propostas até 7 de outubro: coloquioayp2014@gmail.com.
agência de notícias anarquistas-ana
Escrevo no dia
a quietação da noite
que me envolve
António Barroso Cruz
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!