No contexto atual de endurecimento da legislação em todos os níveis e do aumento da repressão policial contra os movimentos sociais; no âmbito do processo de blindagem do Estado contra qualquer tentativa de questioná-lo e em meio à campanha midiática, policial e política para aterrorizar as pessoas com ameaças de terrorismo¹, ontem, quarta-feira, 13 de abril, desde as 5 horas da madrugada, forças repressivas do Estado têm protagonizado o mais recente ataque contra a dissidência.
Houve registros no Centro Social Okupado Blokes Fantasma, no bairro da Salut, em um domicílio na rua Ros de Olano da Vila de Gràcia e em uma casa na rua Agudells, em Carmel, onde levaram detida uma pessoa que foi transferida para a delegacia de polícia de Les Corts, à espera de seu advogado para conhecer as acusações contra ela, desconhecidas até agora [ontem].
A operação está sendo coordenada pelo Tribunal Central de Instrução 3 da Audiência Nacional espanhola e, de acordo com uma nota emitida pelo departamento de comunicação da Polícia da Catalunha logo após o início da operação, responde a uma carta rogatória tramitada desde um tribunal da Alemanha.
Mas vindo de onde vem a ordem, seja qual for a desculpa, não nos enganam sobre suas intenções:
O que eles querem é normalizar estas práticas totalitárias, querem que nos acostumemos que arrebentem a porta de casa com qualquer desculpa, querem que não nos surpreenda de ver a cidade militarizada, com ruas fechadas e encapuzados com fuzis nas mãos. Querem que tenhamos medo e que calemos o que sabemos e o que pensamos.
Não podemos permitir isso, já nos tomaram tudo, só podemos perder o medo e ir para as ruas, e não esqueçamos: elas sempre foram nossas!
Os únicos terroristas que temos visto são do Estado capitalista e seus mercenários (Juízes / Juízas, Mossos d’Esquadra [polícia catalã] e outros).
Nem domesticados, Nem amordaçados. SOLIDARIEDADE REBELDE!
Hiedra Negra, Asamblea Libertaria de Vallcarca
“Que é roubar um banco comparado a fundar um?” Bertold Brecht
[1] Recordamos que, simultaneamente, em todo o Estado está acontecendo a quarta fase da Operação Araña (nas fases anteriores, em 2015 e 2016, detiveram até 56 pessoas), onde detiveram pelo menos 7 pessoas por expressar seus pontos de vista em redes sociais. Outro exemplo do brutal corte de liberdade que vivemos atualmente.
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