No início da noite de ontem, 19 de abril, cerca de 100 pessoas manifestaram-se em solidariedade aos jovens lutadores da França durante uma manifestação intensa pelo [distrito de] Bockenheim. Há semanas, milhares de pessoas tomam as ruas contra a “Lei Trabalho”.
Os jovens e rebeldes estão cansados dos controles policiais racistas. Muitas pessoas desafiam a expansão massiva do aparato de segurança durante o alegado estado de emergência em seu caminho rumo a um estado policial autoritário. Eles sentem o impacto do gás lacrimogêneo diariamente! A Primavera Francesa recusa-se a ser subordinada ao mercado de trabalho. A juventude sabe muito bem que o projeto neoliberal não beneficia ninguém a não ser o capital.
Durante uma breve, porém incisiva manifestação – seguindo o exemplo francês –, fizemos uma intensa caminhada em volta do quarteirão. Nós lutamos no lado de todos aqueles que, desprezando a sociedade existente, lutam por mais. Nós lutamos no lado que decidiram não tolerar mais essa condição. Nós decidimos não tolerar mais isso.
Nossos amigos nas ruas da França sabem muito bem que protestos devem ferir. Eles sabem bem que a resistência não pode ser articulada apenas no âmbito da lei do Estado autoritário. A Bastilha não foi tomada pela graça do rei. Então, decidimos não consentir com a restrita estrutura da presunção alemã.
Enquanto a manifestação passava pelo consulado francês, decidimos expressar nossa solidariedade direta. Muitas manchas de tinta e algumas janelas quebradas atestam isso. Certamente, isso não é nada comparado às centenas de pessoas semanalmente feridas por gás lacrimogêneo, spray de pimenta e cassetetes da polícia. Mas é um sinal evidente.
Assim foram nossos slogans nesse início de noite em Frankfurt. A polícia, obviamente, chegou tarde demais, e melhor que o tenham feito assim. Estávamos preparados para defender nossa manifestação contra os ataques da polícia. Felizmente, isso não foi necessário.
Nós conhecemos suas mentiras: essa não foi uma ação Bate e Corre de “25 a 30 autonomistas de esquerda”, como os policiais relataram, mas uma amostra dos tempos futuros de lutas comuns. E não finjam que não sabem a razão disso tudo.
Juventude insurgente – o mundo é nosso!
Uma mensagem de seus amigos,
Rémi [Fraisse] e Clément [Méric]
Tradução > Jorge Holanda
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Carlos Seabra
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!