Se o Capitalismo esta cheio de ídolos, destruamos todos. Dinheiro, mercadoria, corpos repressivos, meios de comunicação, democracia, eleições, políticos e politica. A insurreição nos demonstra que o apoio mútuo, a solidariedade e a organização nascem dos povos, dos indivíduos, que se encontram sociabilizando para resistir nas barricadas dispersas por todas as regiões de Oaxaca.
Os bloqueios que se encontram nas estradas que conectam a Oaxaca param o trânsito, as mercadorias não circulam, o dinheiro não flui. Os hidrocarbonos escasseiam; um ídolo é assediado e é necessária a utilização de outros para que tudo volte à normalidade. A chegada de mais efetivos da polícia é a resposta.
Talvez seja esse o ídolo mais poderoso com que conta o Estado-Capital: as forças repressivas são a esperança do poder, sempre fiel, sempre assassina. A burguesia e os meios a pedem a gritos, argumentam que o fetiche solucionará tudo com sua varinha mágica – que na realidade são armas. Mas as pedras do rio, a pólvora dos fogos de artifício, a fumaça dos pneus e o fogo devem fazer-lhe frente; esgotar e minimizar até transformá-la só em um objeto sem sentido.
Diante disso, os meios vociferaram que a democracia, a governabilidade e a vida do país estão em perigo. Mas não é desligando a TV ou o rádio e não lendo os jornais que se combate, mas sim com a agitação do povo, a propaganda escrita ou pela ação, a produção de nossos próprios conteúdos revolucionários que incitem à revolta.
O conflito fará que os políticos argumentem à paz, ao progresso, ao turismo e busquem na política a negociação e a cooptação. Os ouvidos deveram ser surdos e a visão turva para evitar a traição. Trataram ao discurso legal como uma arma para persuadir e infundir o terror da reclusão. As leis e o direito constitucional são acomodados pela burguesia; não devemos pensar sobre isso, culpado ou inocente é um conceito maleável ao executar; não é respeitado por eles muito menos deverá ser respeitado por nós.
A expropriação da burguesia se faz necessária, a linguagem não nos deve fazer tremer quando acusam roubo, a riqueza não os pertence, a acumulação de sua riqueza vem dos trabalhadores.
Os povos e as cidades são nossas, nelas se deve refletir nossa história e nosso presente e não o dos poderosos. As batalhas a travar são em espaços que haveremos de reapropriar, ainda que isso signifique modificar, destruir ou deixar em ruínas a arquitetura, as estradas ou ruas, e as praças para liberar a batalha.
Tradução > Caróu
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agência de notícias anarquistas-ana
Por trás da cortina,
o passarinho não vê
que aguardo o seu canto.
Henrique Pimenta
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!