[A novela gráfica 155. Simón Radowitzky. Conta o percurso do anarquista ucraniano-argentino de origem judia Simón Radowitzky (Ucrânia, 10 de setembro ou 10 de novembro de 1891 – México D.F., 29 de fevereiro de 1956), um dos presos condenados a reclusão perpétua mais conhecidos do penal de Ushuaia pelo atentado com bomba que matou o chefe de polícia Ramón Lorenzo Falcón (responsável da brutal repressão em Buenos Aires de 1909). Indultado passados mais de vinte anos, abandonou a Argentina e chegou a Espanha, onde lutou no grupo republicano durante a Guerra Civil. Morreu no México aos sessenta e cinco anos de idade.]
“A ponto de embarcar em avião desde Buenos Aires até Ushuaia, penso nas três horas de atraso que sofremos, o amontoado de turistas no aeroporto, a mescla de idiomas: português, hebraico, castelhano. Penso no cansaço que sinto na espera e a ansiedade por realizar o vôo até o fim do continente para passar uma semana investigando. Logo, surge a inevitável comparação: Simón Radowitzky viajou no fundo de um barco de carga a vapor entre outros miseráveis, engolindo o pó de carvão, a fumaça que se filtrava desde a chaminé ao exterior e as argolas e a barra de ferro fixada a seus pés. Penso nos 25 dias de vai vém no mar as escuras; o suor, mescla de adrenalina e sujeira, e a espera miserável até chegar ao presídio de Ushuaia. Simón Radowitzky passou 21 anos encerrado em uma jaula. Quanto pode resistir um homem por um ideal? Que faz com que este o faça invencível? Simón Radowitzky foi dessas raras anomalias que transcendeu o mito para voltar a ser, depois da miséria, horror e ignomínia, o que quis: um homem comum e corriqueiro que lutou pela justiça”.
Esta é sua história.
155. Simón Radowitzky
Nórdica Cómic, Madrid 2016
270 págs. Cartoné 28×22 cm
ISBN 9788416830039
28.00€
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Perfume no ar —
na rua ao luar
Noite de primavera
Elnite
caralho... que porrada esse texto!
Vantiê, eu também estudo pedagogia e sei que você tem razão. E, novamente, eu acho que é porque o capitalismo…
Mais uma ressalva: Sou pedagogo e professor atuante e há décadas vivencio cotidianamente a realidade do sistema educacional hierárquico no…
Vantiê, concordo totalmente. Por outro lado, o capitalismo nunca gera riqueza para a maioria das pessoas, o máximo que ele…
Só uma ressalva: criar bolhas de consumismo (que foi o que de fato houve durante os governos Lula), como estrategia…