Em maio de 1993 a Agência de Notícias Anarquistas-ANA noticiava:
Longe de ser uma data festiva, o 1º de Maio é para ser lembrado como um dia de luta e de conquistas para os trabalhadores do mundo inteiro. E foi com essa perspectiva que o Movimento Anarquista tomou às ruas de várias cidades do Brasil.
Em São Paulo, centenas de anarquistas e anarcopunks roubaram a cena no ato (o mais fraco dos últimos anos) promovido pela hierarquizada e reformista CUT (Central Única dos Trabalhadores), na Praça da Sé.
Durante as cinco horas em que durou a manifestação, os anarquistas vaiaram e repudiaram os políticos, líderes estudantis e diretores sindicais que subiam no palanque para discursar. Além disso, milhares de panfletos de cunho libertário foram distribuídos e dezenas de faixas levadas à praça.
Neste ano os skinheads não apareceram para tumultuar o ato, como aconteceu no ano anterior, na própria Praça da Sé. Mas se aparecessem, os anarcopunks estavam preparados para o confronto ou revidar qualquer tipo de provocação. Os jovens anarquistas se armaram com porretes de um metro de cumprimento. A CUT também se preparou para um possível conflito com os Carecas.
Nas proximidades da Praça da Sé, na Avenida Paulista, cerca de 50 skins realizaram uma marcha “informando” sobre a reacionária “Ação Nacionalista Brasileira”.
Nas cidades de São Bernardo do Campo (SP), Campinas (SP), Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR), Belém (PA), Florianópolis (SC), Belo Horizonte (MG), João Pessoa (PB), Porto Alegre (RS), Salvador (BA), entre outras, grupos e organizações libertárias organizaram atividades pelo 1º de Maio.
agência de notícias anarquistas-ana
entre flores velhas
o som da abelha
treme flores novas…
Luiz Gustavo Pires
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!