Convocatória de ações multiformes pela liberação total
“Temos um mundo por destruir, se prepara compa. Sobre o território do sul se vai, pouco a pouco aplicando um plano, o plano IIRSA, para gerar mais infraestrutura e aumentar a exploração da terra com seus habitantes” (…) “Para defender a liberdade há que estar preparados. Nossa inteligência consiste em aprender a olhar para as costas e à frente. Temos que pensar no que acontece ao nosso redor. Temos que pensar, ademais, quais são exatamente os planos para este território. Depois de sabê-lo, pode ser defendido. Temos que nos adiantar compas, atacar antes que seja demasiadament e tarde. Defendamos nossa liberdade defendendo a de todos, isso é o mais inteligente a ser feito. A resposta depende de cada um, mas a força se maximiza quando nos encontramos com outros. Precisamos, isso sim, convicção. Para romper o mundo do domínio, se prepara. É tempo de sair à rua. Nós não impomos receitas, de fato, não temos nenhuma. Façamos as perguntas primeiro. É possível e desejável um mundo em que o vivo não seja transformado em mercadoria? Queremos fazê-lo ou só falar? Seguiremos sempre adiante, como sempre sem chefes nem dirigentes, não os precisamos. Há um mundo que construir, prepara-te compa.”
-Anarquistas contra Aratirí e todo seu mundo, Junho de 2014
Decidimos propor o mês de junho como um mês onde se concentram as posturas anárquicas em defesa da terra e do mar: pela liberação total.
O projeto IIRSA (Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional da América do Sul) está invadindo todos os lugares e vidas do continente chamado sul-americano, é hora de passar à ação ofensiva, à agitação e coordenação contra a arremetida do capital, sua lógica de morte e sua máquina extrativista, apesar de que o tempo de luta é longo, é agora quando há que deixar de cruzar os braços.
O progresso é escravidão e morte de milhares de seres, a cidadania se regojiza com as promessas do capital e do Estado, enquanto a existência se faz cada vez mais miserável e violenta, com xenofobia, darwinismo social, patriarcado como valor único, especismo justificado em sangue, arrivismo cruel e cada vez mais patético em seu consumismo compulsivo. Sua forma de vida se expande com suas leis, exploração e repressão, e faremos o possível para que se destrua: arrematar a luta anárquica até as últimas consequências. A afirmação da liberdade é a negação de sua asquerosa autoridade.
A terra e o mar do qual fazemos parte não tem outra opção que a necessidade de passar o limite do conforto e da contemplação, rompendo com as lutas que desejam o poder, digam-se como se digam há que ter presença nas ruas das mais variadas maneiras possíveis, sem líderes nem dirigentes.
Fazemos a convocatória às compas afins e próximas de todas as latitudes a assumir posturas concretas frente aos inimigos do que nos atravessa. A IIRSA não avançará nem nenhum tipo de mercadoria nem poder se apropriará mais da vida: é aqui a consigna! É aqui a luta!
A todos os que sentem o impulso e a motivação pela liberação da terra chamamos a realizar durante o mês de junho, ou para sempre, todo tipo de ações multiformes, propaganda, sabotagem, solidariedade, atividades, agitação de rua, e tudo o que queiram imaginar. Como uma clara demonstração de que as posturas anárquicas em defesa da natureza contra toda exploração não se deixarão avassalar pelos interesses do Estado e do Capital! A terra está sendo assassinada e seus assassinos têm nome, sobrenome e endereço!
Eles nos declararam a guerra desde o começo… Luta anárquica contra toda autoridade! Pela terra e contra o capital!
Tradução > KaliMar
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agência de notícias anarquistas-ana
No jardim da vida,
imagino o paraíso
de cores e flores.
Sandra Hiraga
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!