Quando: 2 e 3 de dezembro de 2017. Onde: Centro de Cultura Social (CCS-SP). Endereço: Rua General Jardim, 253 – Sala 22. Metrô República, São Paulo (SP).
SÁBADO, 2 DE DEZEMBRO
13h30 | 16a2015 – DOOM no Chile + Punky Mauri: Formosamente Violento
16a2015 – DOOM no Chile [Documentário | 43” | 2017 | Basura Existencia | Chile]
Documentário em memória de Fabian, Gaston, Ignacio, Daniel e Robert, mortos durante uma gig onde acontecia a apresentação da banda Doom no Chile. A cada 16 de abril na Alameda 776, punks, amigxs e parentes seguem relembrando-os, e este registro mostra um pouco do que ocorreu naquela fatídica noite, bem como as atividades em memória deles.
Punky Mauri: Formosamente Violento [Documentário | 13” | 2017 | Chile]
Um pequeno registro em memória de Mauricio Morales, anarquista que morreu em 2009 em decorrência da explosão de uma bomba que transportava, e cuja morte foi usada como desculpa para toda uma operação policial de criminalização e montagem contra okupas, anarquistas e punks no Chile. Esta operação, que ficou conhecida como Caso Bombas, foi posteriormente desmontada, ante às inúmeras provas falsas apresentadas pela promotoria.
14h40 | No Gods No Masters Fest 2017 + La Forma: Videofanzine de Contracultura
La Forma: Videofanzine de Contracultura [Documentário | 18” | 2016 | Arlen Herrera | Equador]
Projeto autogestionado e contrainformativo de colaboração conjunta e apoio mútuo, de distintos indivíduos e espaços de Quito, Equador, que em diferentes entornos tem resistido e atuado ali. Este vídeo conta com vários temas dentro da contracultura, como forma de vida, ação, criação e crítica. Partindo de uma crítica comum ao sistema capitalista e a heteronorma imposta, nascem iniciativas e ideias para buscar caminhos diferentes de combatê-la.
No Gods No Masters Fest 2017 [Documentário | 15” | 2017 | Anarco.Filmes | São Paulo/SP]
Autonomia, relações horizontais, faça-você-mesma, senso de comunidade, criação de redes, diálogo, respeito, apoio mútuo… Em imagens, sentidos e palavras, um pouco da segunda edição do No Gods No Masters Fest, em Itanhaém, litoral de São Paulo.
15h20 | Oficina: Um guia prático Anarquista e Punk para uma Autodefesa Digital, por HACKistenZ
Para nós, anarquistas e punks, é mais que necessário nos comunicarmos, de maneira rápida e segura. Pois precisamos planejar ações e fortalecer nossos vínculos e nossa resistência. No entanto, estamos sendo vigiadxs. E pior, estamos sob um tipo de vigilância discreta e silenciosa. Não vemos claramente quem nos vigiam. Pois estes estão muito bem camuflados na internet e até mesmo estão embutidos dentro de nossos computadores e em nossos telefones celulares.
Vivemos em tempos que o combate à vigilância deve ser integrado em nossos hábitos diários. Assim como preparamos nossa comida antes de comê-la, também devemos criptografar nossas informações antes de enviá-las. Assim como escolhemos qual roupa vestir, também devemos nos preocupar com quais softwares usar. Do mesmo jeito que não saímos por ai, pelas ruas, expondo informações sobre nossas vidas e sobre as vidas de compas e de quem amamos para todo o mundo ficar sabendo, também não devemos fazê-lo no ciberespaço.
Se não estamos ainda nos protegendo contra essa vigilância toda, devemos mudar nossos hábitos agora! Mesmo que não consigamos a proteção total, pelo menos dificultaremos a vida de quem nos vigiam. Isto será nossa oficina: “Um guia prático Anarquista e Punk para uma autodefesa digital”. Basicamente discutiremos os seguintes temas, Autonomia diante os softwares, Anonimato na rede, Cypherpunks (criptografia) e Desobediência digital. Cada momento do debate aprenderemos juntxs as ideias fundamentais, quais as principais medidas a serem tomadas por nós, quais programas utilizar e como utilizá-los.
16h30 | Ovarian Psycos
Ovarian Psycos [Documentário | 72” | 2016 | Joanna Sokolowski e Kate Trumbull-LaValle | EUA]
Pedalando a noite pelas ruas perigosas do leste de Los Angeles, as Ovarian Psycos usam suas bicicletas para confrontar a violência em suas vidas. Guiando o grupo está a fundadora Xela de la X, mãe e poeta M.C., dedicada a recrutar mulheres indígenas e negras para o movimento. O filme conta a história de Xela, mostrando sua luta em encontrar um balanço entre o ativismo e sua filha de 9 anos; de Andi, que distante de sua família caminha em direção à liderança do grupo; e de Evie, quem apesar da pobreza e das preocupações de sua mãe salvadorenha, descobre uma nova confiança.
18h00 | Andale! + She´s a Punk Rocker UK
Andale [Curta experimental | 4” | 2017 | Canibal Filmes | Palmitos/SC]
Um filme sobre o mundo de hoje, sobre a necessidade de uma revolução, um levante das massas contra os exploradores, para que o sistema financeiro possa ser todo repensado. Uma visão anarquista do caos que necessitamos para essa mudança ocorrer.
She´s a Punk Rocker UK [Documentário | 67” | 2010 | Zillah Minx | Inglaterra]
Dirigido por Zillah Minx, integrante da banda anarcopunk Rubella Ballet, o documentário retrata um pouco das ideias e histórias de mulheres punks que viveram e participaram da cena punk/squatter inglesa, como Poly Styrene (X-Ray Spex), Eve Libertine e Gee Vaucher (Crass), Olga Orbit (Youth in Asia), entre outras.
DOMINGO, 3 DE DEZEMBRO
13h00 | Dias de Cultura Punk em Fortaleza (30min) + Espaço Korpo Sem Órgãos – Autonomia e Autogestão (50min)
Dias de Cultura Punk em Fortaleza [Documentário | 30” | 2017 | Kalango | Fortaleza/CE]
A cena punk/anarquista no nordeste sempre teve como forte característica a realização de atividades com apoio e participação de grupos/bandas de diversas localidades da região, unindo esforços, sonhos e movidas. Este ano aconteceu o Dia de Cultura Punk, com atividades em Fortaleza/CE, Natal/RN e Campina Grande/PB. Este documentário é um pequeno registro do que rolou na cidade de Fortaleza.
Espaço Korpo Sem Órgãos – Autonomia e Autogestão [Documentário | 50” | 2017 | Korpo Sem Órgãos | Fortaleza/CE]
Relatos, imagens, experiências e vivências deste espaço okupado e autogerido que resistiu na cidade de Fortaleza/CE, em um documentário feito pelas pessoas que passaram pela casa e contribuíram para sua existência.
14h40 | Mais Amor (4min) Noise and Resistence (90min)
Mais Amor [Curta experimental | 4” | 2017 | Biblioteca Terra Livre | São Paulo/SP]
O quanto esse discurso de “mais amor” não esconde uma exigência por passividade e aceitação das desigualdades sociais? Enquanto o capitalismo tortura, pede amor em troca. Enjoados desse falso amor, nos resta exercitar o ódio. É preciso nutrir o ódio de classe. O filme, de maneira tosca e metafórica, propõe uma reflexão sobre essa frase que habita o discurso da manutenção. Mais amor pra quem? Guerra ao sistema!
Noise and Resistence [Documentário | 90” | 2011 | Francesca Araiza Andrade e Julia Ostertag | Alemanha]
Documentário que retrata uma cena política e musical globalmente interconectada, construída a partir de autonomia, solidariedade e da ideia de faça-você-mesma, que declara guerra ao capitalismo e a cultura mainstream. Entre okupas em Barcelona, antifascistas em Moscou, habitantes de parques de trailers autogeridos, garotas de bandas punks suecas, e outros grupos de diversos países, o filme conta um pouco sobre integrantes desta cena, suas motivações, aspirações compartilhadas e ideias de utopia.
16h30 | Debate: A prática do cineclube na era do isolamento digital, com Daniel Fagundes, Sheyla Maria Melo e Gabriel Barcelos
Os cineclubes e mostras surgem como espaços onde as pessoas se reúnem para assistir filmes coletivamente e, muitas vezes, debater e refletir em conjunto sobre as produções e temas que as envolvem. A era da internet, porém, ao mesmo tempo em que possibilitou e facilitou contatos, tem gerado cada vez mais isolamento neste sentido: ao invés de priorizar estes momentos coletivos, o ato de assistir filmes se torna cada vez mais algo para se fazer em computadores pessoais e celulares, muitas vezes individualmente. Como se inserem os cineclubes e sua prática neste contexto?
Sheyla Maria Melo | Co-gestora do grupo Arte Maloqueira, articuladora do projeto Rua de Fazer e do Projeto Comunicação Alternativa, estudante de jornalismo e pedagoga.
Daniel Fagundes | Cinegrafista e Pedagogo, integrante do Núcleo de Comunicação Alternativa.
Gabriel Barcelos | Jornalista sindical, pesquisador, videoativista, ex-organizador da Mostra Luta de Campinas, autor do blog CineMovimento (cinemovimento.wordpress.com)
18h15 | Curdistão: Garotas em Guerra (53min) + Caoticidade (9min)
Caoticidade [Documentário experimental | 9” | 2017 | Diego Duenhas | São João da Boa Vista/SP]
Documentário experimental que propõe uma abordagem diferente sobre o assunto da gentrificação e seus resultados para as cidades e para as pessoas que vivem nelas.
Curdistão: Garotas em Guerra [Documentário | 53” | 2016 | Mylène Sauloy]
O documentário olha para a luta ideológica e militar das mulheres curdas em Rojava, Shengal e Qandil, bem como a história do movimento de mulheres que surge com o PKK. De Paris a Sinjar, mulheres curdas estão tomando em armas contra o ISIS para defender o seu povo. Um grupo de mulheres que se negam a ser vítimas e se mantêm fortes com outras mulheres que são maltratadas.
> Lançamento do zine #1 do Festival do Filme Anarquista e Punk | Depois de 6 anos organizando o Festival, reunimos no papel um pouco de nossas inquietações, questionamentos e visões sobre audiovisual anarquista, prática e produção de vídeo e o uso dessa ferramenta em nossas lutas para compartilhar e ampliar os debates sobre o tema. O zine estará disponível na banquinha durante os dias do Festival!
> Exposição | Festivais de Filme Anarquista pelo mundo | Já tradicional em todas as edições do Festival, estarão expostas imagens de cartazes de festivais de filme anarquista e punk mundo afora.
> Exposição | Crass e faça-você-mesma nas colagens de Gee Vaucher (Inglaterra) | Exposição de colagens e artes enviadas por Gee Vaucher, artista, ex-integrante da banda inglesa Crass e moradora da comunidade Dial House em Essex/Inglaterra, que foram feitas durante o período de existência da banda para as capas, encartes e materiais produzidos na época.
> Venda de salgados e lanches veganos por No Cruelty Vegan Foods.
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!