A ascensão do Bolsonaro¹ é simplesmente uma expressão de algo que já existe no povo Brasileiro. Lá embaixo, nas relações cotidianas, nas cabeças, corações e práticas das pessoas que estão no nosso trabalho, na nossa escola, na nossa família, etc.
Combater, debater, expor essas pessoas com ideias protofascistas no nosso cotidiano é uma escolha que efetivamente nos desgasta, mas é o único remédio para o que vivemos no país. Combater e expor o Bolsonaro no Facebook e nas redes sociais é o caminho mais fácil, você ataca alguém que está lá longe, no Congresso, com um click. Todavia, isso é irrelevante. Se o Bolsonaro for ridicularizado e cair no esquecimento, essa expressão do fascismo encontrará outro para representá-la.
E é aí que mora o grande erro da ex-querda Brasileira: achar que as coisas são resolvidas de cima para baixo, pela via eleitoral, combatendo somente as folhas e nunca a raiz. Ou todas e todos escolhemos fazer política real, cotidiana, não institucional, combatendo toda forma de microfascismos, ou nunca sairemos desse imbróglio que vive o país.
E você, combate o microfascismo no seu cotidiano ou fica só no Facebook detonando o Bolsonaro?
Geová Alencar
[1] Jair Bolsonaro, deputado federal (PSC-RJ) de extrema-direita pré-candidato às eleições presidenciais do ano que vem, 2018.
agência de notícias anarquistas-ana
meio dia
dormem ao sol
menino e melancias
Alice Ruiz
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!