A jovem Ahed Tamimi, de 17 anos, foi presa logo depois que viralizou um vídeo onde esbofeteava dois soldados.
Ahed Tamimi é uma das tantas palestinas que resistem como podem à ocupação israelense de seus territórios. Ela chegou à fama em 2010, quando era uma criança e foi registrada de pé na frente de um soldado com o punho levantado. Em 2016, ela repetiu uma imagem semelhante à frente de uma mulher militar.
Esta semana, Tamimi voltou a ser notícia mundial em razão de um vídeo em que ela é vista esbofeteando, empurrando e até chutando dois soldados em Nabi Saleh, perto de Ramallah.
Depois da divulgação das imagens, ela foi presa nesta terça-feira (19/12) pelas Forças de Defesa de Israel, que a levaram para interrogatório, segundo o jornal Haaretz. A mesma mídia citou uma declaração do exército dizendo que “vários palestinos cruzaram com os soldados para realizar provocações”. No entanto, os militares agiram “profissionalmente” ao não responder.
Por sua parte, o ministro israelense de Educação, Neftalí Bennet, declarou que “as imagens são duras” e ele esperava que “o incidente seja investigado, as lições sejam aprendidas e os ativistas que atacaram processados”.
No entanto, a versão israelense não coincide com a dos palestinos. O pai de Ahed, Bassim, postou em sua conta no Facebook que a reação de sua filha aconteceu porque soldados haviam disparado contra um menino de 14 anos. Então, durante a detenção, eles entraram em sua casa roubando computadores e câmeras de vídeo. Além disso, ele denunciou que a mãe da jovem ativista também foi presa.
Por sua vez, a rede de Solidariedade com Prisioneiros Palestinos Samidoun denunciou a prisão de Tamimi e esclareceu que é “a última de mais de 450” realizadas pelas “forças de ocupação israelenses após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconhecer Jerusalém como a capital de Israel”.
> Vídeo: https://www.facebook.com/TheShadow69/videos/10155694250135255/
Tradução > Liberto
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!