Rojava, desde Kobane até Afrin, emergiu como um lugar envolto de esperança internacionalista, ao mesmo tempo que seus residentes e defensores lutam contra o ISIS e, ultimamente, contra as forças do regime fascista turco. Se bem o mundo vê às pessoas de Rojava como combatentes contra o mal, não presta demasiada atenção aos ideais que alimentam sua resistência e sua revolução.
Esta conferência tem como objetivo expor e questionar as ideias e a experiência do movimento curdo, com o fim de conhecer como o que observamos em Rojava veio se gestando durante as últimas quatro décadas, o que queremos dizer com soluções não estatais – Confederalismo Democrático -, por que a liberdade das mulheres e a destruição do macho dominante é essencial para este paradigma, que significa a autodefesa e em que se diferencia do militarismo e em que consiste a economia ecológica e comunal. Estes são alguns dos temas deste encontro e as chaves da campanha internacional “Chegou o momento: Liberdade para Abdullah Öcalan e Paz no Curdistão”.
PROGRAMA
> Sábado, 7 de abril: Sessão de cine Curdo.
“As tartarugas também voam” de Bahman Ghobadi.
Entrada às 19h e 21h com posterior colóquio.
Preço da entrada: 3,50€.
Lugar: Cineteca.
> Domingo, 8 de abril: Conferência.
• 12h-15h – “Mais além do Estado-Nação. Confederalismo democrático, autodefesa e liberação da vida”
Palestrantes: Yayo Herrero, David Graeber, Andrej Grubacic, Nazan Üstündağ e Havin Güneser.
Lugar: Casa del Reloj
• 17h-19h – “Políticas de vida frente à barbárie: a proposta curda atual”
Palestrantes: Nazan Üstündağ e Havin Güneser.
Lugar: Cineteca
• 19h e 21h – “Rádio Kobane”
Entradas gratuitas do filme.
A conferência será em inglês com tradução simultânea ao castelhano, graças ao Coletivo para a Autogestão de Tecnologias para a Interpretação.
Os diverso palestrantes estão abertos a conceder entrevistas aos meios de comunicação que o desejem.
PALESTRANTES
• Yayo Herrero (Espanha)
Uma das investigadoras mais influentes no âmbito ecofeminista e ecossocialista a nível europeu.
Realizará uma introdução à Conferência.
• David Graeber (Estados Unidos)
Antropólogo, ativista anarquista e professor na Universidade de Londres. Sua obra mais conhecida é “Dívida: uma história alternativa da economia” onde realiza uma aproximação histórica e antropológica ao conceito de dívida, a origem do dinheiro e as formas de cooperação não assimiláveis ao intercâmbio.
Falará sobre os escritos de Öcalan em geral e dará resposta a questões como: Que tipo de intelectual é Öcalan? Pode-se situá-lo em alguma tradição intelectual? Qual é sua metodologia de escrita? Qual é a relação entre sua liderança e suas obras?
• Nazan Üstündag (Turquia)
Acadêmica e especialista em estudos sobre a modernidade, pós-colonialidade, teoria feminista e etnografia do Estado.
Tratará o tema das Novas Guerras com um enfoque específico na autodefesa. Abordará como uma política de vida e uma política de morte se entrecruzam e transformam o Oriente Médio em um campo devastado e como os curdos transformam esse espaço em um de resistência e resiliência.
• Havin Güneşer (Curdistão)
Engenheira, jornalista, ativista feminista e porta-voz da Iniciativa Internacional “Liberdade para Abdullah Öcalan – Paz para Curdistão”.
Explicará os conceitos chaves do pensamento do Movimento de Liberação do Curdistão e de que maneira seu pensamento responde aos problemas mais importantes de nosso mundo. Como define Öcalan o capitalismo, o patriarcado e o industrialismo? Que propõe para superar a exploração, a opressão de gênero e a destruição ambiental?
• Andrej Grubacic (Iugoslávia)
Acadêmico e ativista anarquista, de família partisã na Iugoslávia Socialista. Pesquisador na teoria dos sistemas-mundo.
Comparará o espaço iugo-balcânico com o projeto curdo. Exporá as razões do rechaço do estado-nação por parte do movimento curdo e analisará a questão da Nação e o Estado desde as perspectivas dos Bálcãs e do povo curdo.
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Bolha de sabão
Colorida e frágil
Como a vida
Calberto
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!