Trinta anos após assaltar um banco americano em Toulouse, nesta quarta-feira (06/06), o Tribunal de Justiça de Haute-Garonne condenou um de seus autores, o ex-punk Gilles Bertin, a cinco anos de prisão com sursis (suspensão condicional da pena) por “bom comportamento” desde o roubo. O veredito, depois de menos de duas horas de deliberação, foi recebido com aplausos e um sorriso de Bertin.
Gilles Bertin, na época do assalto, em 1988, era vocalista da banda punk francesa Camera Silens. Com os seus companheiros de banda, saiu do banco com 12 milhões de francos (mais de 8 milhões de reais) e conseguiu fugir das autoridades, acabando por refugiar-se primeiramente em Portugal e depois na Espanha. Alguns de seus companheiros foram detidos e outros ainda, com um histórico de uso de drogas injetáveis, acabaram por sucumbir a doenças como a Aids.
Em 2016, depois de muitos anos incógnito em Barcelona, sem poder ver sequer o filho, hoje com 30 anos, contactou um advogado francês e decidiu entregar-se às autoridades e enfrentar a justiça, que lhe permitiu aguardar o julgamento em liberdade.
À BBC, Gilles Bertin garante que a sua vida nada teve “de romântica. Andava escondido, sem poder falar com às pessoas, nem sequer com o meu filho, sobre o meu passado, estava sempre com medo que a polícia me apanhasse – e além disso estive gravemente doente”.
“No final dos anos 70 e início dos anos 80 era um jovem zangado, um niilista, um anarquista num caminho de destruição, revoltado com a sociedade. Tem de se perceber o contexto de então”, explicou à BBC o homem de 57 anos, que aproveitou o regresso a França para conhecer o filho que nunca vira, agora com 30 anos.
agência de notícias anarquistas-ana
o rio ondulando
a figueira frondosa
no espelho da água.
Alaor Chaves
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!