Em 1848 Marx e Engels estamparam em seu célebre Manifesto uma frase inquietante: “Tudo o que era sólido se desmancha no ar”.
Os revolucionários do século XIX eram plenamente conscientes que a dinâmica do capitalismo agudiza as contradições e então pode estourar a revolta.
Mijail Bakunin, em suas cartas notívagas antecipava em 1870 o estouro do que foi a Comuna parisiense de 1871. Não era só voluntarismo mas uma aguda leitura dos avatares de uma sociedade repleta de injustiças e irritantes desigualdades.
A velha Europa, atrofiada pelo consumismo, fraudes e xenofobia observa perplexa as ruas em chamas de Paris, o fato social se expandiu a Bélgica e Holanda.
As políticas de exclusão oprimem com seus shocks as populações mas também na dialética social podem ser o estímulo para romper com a opressão.
Com acerto escreveu Albert Camus que os povos se rebelam por asco ou por cansaço. Nenhum sistema é inabalável. A comoção pode surgir na volta da esquina. A história social assim o evidencia.
Carlos A. Solero
Segunda-feira, 10 de dezembro de 2018
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Nuvem de mosquitos –
As flores da jujubeira
se espalham à volta.
Katô Kyôtai
caralho... que porrada esse texto!
Vantiê, eu também estudo pedagogia e sei que você tem razão. E, novamente, eu acho que é porque o capitalismo…
Mais uma ressalva: Sou pedagogo e professor atuante e há décadas vivencio cotidianamente a realidade do sistema educacional hierárquico no…
Vantiê, concordo totalmente. Por outro lado, o capitalismo nunca gera riqueza para a maioria das pessoas, o máximo que ele…
Só uma ressalva: criar bolhas de consumismo (que foi o que de fato houve durante os governos Lula), como estrategia…