por Eugénie Bourlet | 01/12/18
“Viver minha vida: uma anarquista em tempos de revoluções” é o título deste conjunto incomparável no qual a anarquista Emma Goldman reúne as memórias de suas ações militantes e suas experiências íntimas. Traduzido pela primeira vez em francês, esta autobiografia é uma obra pioneira da turbulenta história das lutas sociais.
Existem vidas cujo relato é indissociável aos avanços da História. Poucas dentre elas marcaram tanto as lutas sociais como a vida de Emma Goldman, anarquista e feminista do começo do século XX. A tradução integral das memórias desta imigrante russa que chegou aos Estados Unidos em sua adolescência e foi uma eterna apátrida é um evento sem precedentes para todos e todas que desejam se embrenhar na história do movimento anarquista. Combinando de maneira indissociável o particular e o político, a narrativa de Emma Goldman da sua caminhada está a partir de agora disponível em francês pelas edições “L’Echappée” (lechappee.org/collections/hors-collection/vivre-ma-vie), é um monumento da história popular.
A história de um livro
“Viver minha vida: uma anarquista em tempos de revoluções” é a primeira tradução integral em francês da autobiografia de Emma Goldman, publicada inicialmente em 1931, com o título de “Living my life”. Até agora circulava uma versão editada, que comportava um terço do texto original: “A epopeia de uma anarquista”, publicado em 1979 e reeditado com o título “Amor e bombas”. Um título chocante, um tanto sensacionalista, que resumia a vida da militante exclusivamente aos pólos dos sentimentos e da violência. No texto, como no título, a obra não era uma tradução, mas uma adaptação.
As duas tradutoras do livro que acaba de ser lançado, Laure Batier e Jacqueline Reuss, só modificaram no texto original alguns erros históricos. Porque reduzir a vida de Emma Goldman ao percurso particular de uma mulher seria mentir. Se sua vida é excepcional, é também porque ela atravessa uma história que engloba as lutas sociais nos Estados Unidos. Sobre as quais poucos documentos testemunham na França – com a excepção notável de “Uma História popular dos Estados Unidos” (edições Agone) de Howard Zinn, adaptado para documentário por Daniel Mermet em 2015.
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