Atuamos em função da construção do Poder Popular. O que isso significa? Significa que onde há militantes da CAB, há um trabalho para promover o protagonismo das classes oprimidas nos assuntos que lhes dizem respeito e nas necessidades do conjunto da classe trabalhadora. Isso se expressa na participação e discussão desses assuntos, na ação direta para conquistá-los e na auto-organização popular para mantê-los. Ou seja, construir ou reforçar movimentos populares com democracia de base, independência de classe nos diferentes setores e lugares em que há oprimidos e oprimidas. É nesse processo coletivo fundamental que apostamos para mudar a correlação de forças da atual etapa.
Estrategicamente queremos que a auto-organização popular, traduzida em autogestão e democracia direta, substitua o Estado e o Capitalismo. Que a gestão econômica, política e social seja feita diretamente pelas classes oprimidas. Taticamente, promover toda e qualquer iniciativa que caminhe nesse sentido. Ou seja, ações em que as pessoas participem, discutam coletivamente, tomem decisões e lutem diretamente por objetivos coletivos de maneira classista, combativa, com independência de partidos e empresas e com protagonismo dos principais interessados.
É por isso que nós anarquistas da CAB descartamos as eleições burguesas, pois elas não cumprem esse objetivo. Elas são uma farsa, um jogo de cartas marcadas, um meio que os de cima se valem para passar a sensação de que há mudança quando na verdade o núcleo duro do sistema de dominação se mantém intacto. Junto a isso, há a ilusão promovida por setores da esquerda institucional de que as eleições são um momento para falar de revolução, para mostrar as contradições do capitalismo e para difundir o programa socialista. É uma tática, dizem eles. Tática que produz ilusões, como se os problemas do nosso povo pudessem ser resolvidos no marco desse sistema. Ou como se os problemas da população tivessem relação com o calendário eleitoral. Táticas que produzem o atrelamento dos movimentos populares e dos sindicatos às agendas da democracia burguesa, às negociatas dos gabinetes, ao ritmo e política das instituições burguesas. Política que transforma lutadores em burocratas políticos, militantes em gestores do capitalismo, apoiadores das lutas em simples curral eleitoral. E ao tentarem “disputar” o Estado, essas forças da esquerda reformista, na verdade, são colonizadas pelo próprio Estado, que é o espaço onde os ricos e poderosos se organizam por excelência.
Então, o que nós da CAB propomos?
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!