8 de março é um dia fundamental para a luta feminista, não é uma festa, não é um carnaval, não é um dia para receber flores, nem chocolates, nem frases bonitinhas ou de “boa criação” como: “feliz dia da mulher”; nem deve ser um dia para sair para se manifestar ou marchar exigindo mais institucionalismo, nem posições de poder. Não é um desfile para o capital, nem deve ser um desfile para o Estado em função de postular uma cadeira no parlamento que historicamente alimentou e sustentou o patriarcado racista, colonialista e uma das instituições máximas das origens da opressão. Não façamos da comemoração do 8 de março um dia que celebre a emancipação com base em alianças pela paz, nem de alianças com o aparelho do Estado.
Construamos os caminhos da emancipação e autonomia sem ficções, sem aquelas ficções que, desde o neolítico até o contrato social, foram pensadas, inventadas e gerenciadas a partir da supremacia masculina, então branca e europeia que impôs as formas e parâmetros da vida em cada geografia colonizada com sangue, exploração e fogo. Vamos construir as estradas para a recuperação de nossos territórios, com suas experiências e histórias para lutar contra todo olhar patriarcal colonialista e capitalista.
Por um 8 de março Anarcofeminista, antirracista e territorial.
Ni amas Ni esclavas
Tradução > Liberto
agência de notícias anarquistas-ana
Ilhotas boiando.
Sob um céu vasto e sereno
este mar tranqüilo.
Fanny Dupré
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!