Por Aline Ludmila
Na tessitura do início do século XX há um fio que entrelaça cinco mulheres anarquistas que viveram em diferentes espaços. Uma costura sensível, traçada nas minúcias da não linearidade, indica como essas diferentes mulheres estavam conectadas por suas histórias de luta. Deixaram um legado, por meio de palavras e gestos de resistência, fundamental para a história do anarcofeminismo.
Uma dessas mulheres é Juana Rouco Buela: anarquista publicadora transnacional. Nasceu em Madrid e ainda jovem se mudou com a mãe para Buenos Aires. Leu, editou e publicou com a mesma avidez com a qual combateu, mostrando-nos que as palavras e os processos de luta estão interligados. Participou de diversos espaços anarquistas e, no borbulhar das reivindicações por melhores condições de moradia em Buenos Aires, foi uma das atuantes da Greve dos Inquilinos. Em suas memórias, ela descreve: “toda a cidade de Buenos Aires foi tomada, e os anarquistas éramos os que controlávamos esse movimento grandioso.
A greve resultou em prisões e deportações de anarquistas, dentre eles, a própria Juana. Era 1907, pouco antes de ser deportada em um navio que a levaria a Espanha, companheiras/os de militância e do Centro Feminino Anarquista se despediam de Juana; momento que ela descreve como sendo emocionante. As prisões e as deportações não conseguiram ofuscar o seu ímpeto, portanto, lembremos de sua história.
Em outro território da América, o fio nos conduz até a região desértica do México onde estava Margarita Ortega Valdés: anarquista sagaz na palavra e na guerrilha. Proveniente da elite mexicana, abdicou desse privilégio ao visualizar a forte desigualdade social que assolava o México. Deixou para trás o marido e, junto de sua filha, enveredou-se pelos caminhos do movimento anarquista magonista em 1910, abraçando a causa revolucionária e as ações realizadas na fronteira entre o México e os Estados Unidos.
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