No dia 8 de abril, reunimo-nos às 15h00 na Praça Luís de Camões, para relembrar e homenagear Mário Nunes, um jovem português que há 5 anos, no dia 3 de Maio de 2016, caiu em Rojava, no nordeste da Síria, onde foi combater o Estado Islâmico.
Nascido em Portalegre, o Mário, em 2015, com 21 anos, abandonou a Força Aérea Portuguesa para se juntar às YPG na luta contra os massacres jihadistas no Curdistão sírio, combatendo lado a lado com o povo da região e com outros voluntários internacionalistas. Aqui, onde adotou o nome curdo Kendal Qereman, participaria em importantes batalhas, como por exemplo na libertação de al Shadadi, onde o Estado Islâmico havia instalado mercados de escravos.
Em declarações divulgadas pela YPG Internacional, Mário Nunes relata o seguinte: “Estou aqui para lutar pelo povo curdo porque acho que esta causa vale a pena. Estamos a começar algo novo aqui. Democracia verdadeira, algo a sério. Acho que toda a gente deve ajudar, toda a gente se deve preocupar com esta causa.” O seu sacrifício mostra as motivações de um verdadeiro amor para com o próximo, de solidariedade internacional inquestionável, e o fato de ele não se conformar com as atrocidades sofridas pelos povos do Curdistão e, portanto, não ficar passivo à situação, é algo admirável. Relembrar o Mário trata-se também de mostrar que as suas ideias e o que ele representava continuarão a ser parte da nossa luta diária. Ao relembrarmos o Mário estamos a afirmar que a luta contra a brutalidade do sistema patriarcal, do fascismo e da violência contra o nosso ecossistema, perpetuados pelo Estado Islâmico, pelo Estado Turco e no fim de contas por todo o sistema capitalista, se mantém viva e que nós continuaremos os passos do Kendal Qereman, Mário Nunes.
Assim, afirmamos juntxs que o Mário Nunes continua presente!
Como dizem as companheiras e os companheiros curdos, os mártires nunca morrem, os seus sonhos seguem vivos nas nossas lutas e nos nossos corações!
>> Dada a situação pandêmica, será necessário o uso de máscara e o distanciamento físico.
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agência de notícias anarquistas-ana
longa conversa
um grilo termina
o outro começa
Ricardo Silvestrin
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!