
Já circula em formato físico – com uma tiragem de 1000 exemplares, e pela internet – o quinto número de nosso boletim reflexivo-agitador. Esta edição conta com um só texto central, “A dois anos da revolta: um esboço de balanço e perspectivas para o debate coletivo”, o qual está dividido em 6 anexos que sintetizam algumas ideias e notas que discutimos coletivamente entre váries companheires com quem nos encontramos na luta.
Pretendemos com este insumo, humildemente, contribuir com a discussão e com o intercâmbio recíproco e companheiros de posições nos entornos anticapitalistas:
“Este processo de crise, ao degradar ainda mais a vida e aumentar a miséria, gera as condições próprias para a explosão de revoltas protagonizadas pela população proletarizada – e, sobretudo, por seus setores mais atingidos, que não têm muito a perder, e também por aqueles que resistem a ser proletarizados, como os povos indígenas -, tal e como experimentamos em primeira pessoa em outubro de 2019.
No Chile, o modelo de desenvolvimento neoliberal imposto a sangue e fogo durante a ditadura civil-militar de Pinochet, que tinha funcionado por décadas sem maiores contratempos, se esgotou para, pelo menos, quatro milhões de pessoas que participaram da revolta.
A região chilena tem um dos países mais desiguais do mundo, quanto à renda de seus habitantes, uma porcentagem enorme da população só pode sobreviver na base do crédito, o sistema de saúde pública é um desastre, as aposentadorias miseráveis, alcançar uma casa própria é cada vez mais impossível, as mulheres experimentam uma exploração agravada – tanto ao nível assalariado, como doméstico -, o trabalho é cada vez mais precário, o custo do transporte é altíssimo, o ambiente em que vivemos é cada vez mais hostil, tanto nas cidades, como nos setores rurais – as ‘zonas de sacrifício’ são a máxima expressão desta tendência – e um longo etcétera (…)
Este é o contexto histórico geral que abriu a porta e fez possível que a contestação social mais imponente na região se estalasse naquela sexta-feira, 18 de outubro, a partir do catracaço¹ massivo protagonizado pelo combativo proletariado juvenil secundarista.
As contradições não só continuam existindo, e hoje, dois anos depois – com o fenômeno da pandemia de COVID-19 incluído -, continuam se desenvolvendo e agravando”.
Link para baixar a versão de leitura: https://hacialavida.noblogs.org/ya-no-hay-vuelta-atras/
Tradução > Caninana
[1] Evasión é a palavra que se usa para definir o ato de não pagar a passagem no transporte público, em espanhol chilensis. Aqui, usamos catracaço como tradução.
agência de notícias anarquistas-ana
Não sei
de qual árvore vem,
aquela fragrância.
Bashô
Anônimo, não só isso. Acredito que serve também para aqueles que usam os movimentos sociais no ES para capturar almas…
Esse texto é uma paulada nos ongueiros de plantão!
não...
Força aos compas da UAF! Com certeza vou apoiar. e convido aos demais compa tbm a fortalecer!
Não entendi uma coisa: hoje ele tá preso?