No dia 27 de dezembro de 1919, as sirenes do porto de Gênova chamaram os operários para dar as boas-vindas a Errico Malatesta, que havia retornado à Itália apesar das travessuras do governo. Um vento de revolução sopra no proletariado italiano. Malatesta imediatamente mergulhou em uma intensa viagem de propaganda, acolhida em todos os lugares pelo entusiasmo popular, e em fevereiro de 1920 assumiu a direção do jornal anarquista Umanità Nova em Milão. Exorta os proletários a se unirem em uma frente única que dá início à revolução de expropriação e a agir de forma autônoma, mas coordenada, tanto no ato insurrecional quanto no período posterior à revolução. No jornal, ele discute os problemas da reconstrução pós-revolucionária, critica o bolchevismo e esclarece o caminho libertário para o comunismo. Durante a década de 1920, as oportunidades de insurreição não faltaram, culminando com a ocupação das fábricas em setembro, mas a resistência dos socialistas as frustrou. Com o abandono das fábricas e a enganosa conquista do “controle operário” começa a parábola do movimento operário e da reação que levará o fascismo ao poder em dois anos. Em outubro, Malatesta e outros são presos. Eles foram julgados e absolvidos apenas em julho de 1921 e Malatesta mudou-se para Roma, a nova sede do Umanità Nova, onde se engajou na luta antifascista em vão. Após a ascensão de Mussolini ao poder e o fechamento do jornal, Malatesta retorna ao seu trabalho como eletricista e continua o esclarecimento das ideias anarquistas na imprensa sobrevivente.
E. Malatesta: Opere Complete
FRONTE UNICO PROLETARIO
Il biennio rosso, Umanità Nova e il fascismo (1919-1923)
Com curadoria de Davide Turcato. Ensaio introdutório de Paolo Finzi
Págs. 752 EUR 40,00
ISBN 978-88-95950-70-9
(Co-edição Zero in Condotta – La Fiaccola)
Associazione Culturale Zero in Condotta
Casella Postale 17127 – MI 67, 20128 Milano.
Tradução > GTR@Leibowitz__
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Yeda Prates Bernis
caralho... que porrada esse texto!
Vantiê, eu também estudo pedagogia e sei que você tem razão. E, novamente, eu acho que é porque o capitalismo…
Mais uma ressalva: Sou pedagogo e professor atuante e há décadas vivencio cotidianamente a realidade do sistema educacional hierárquico no…
Vantiê, concordo totalmente. Por outro lado, o capitalismo nunca gera riqueza para a maioria das pessoas, o máximo que ele…
Só uma ressalva: criar bolhas de consumismo (que foi o que de fato houve durante os governos Lula), como estrategia…