Os anarcossindicalistas querem que o Estado force as grandes corporações a serem responsáveis pelas ações de suas subsidiárias, fornecedores ou subempreiteiros em termos de direitos humanos.
A Confederação Geral do Trabalho (CGT) tornou público seu apoio à iniciativa da “Aliança pela Justiça Global”, que consiste em exigir do Estado que as grandes multinacionais não possam continuar a interagir impunemente nos territórios, sem serem responsabilizadas por abusos e violações dos Direitos Humanos.
Este coletivo, a cujo manifesto se uniram os anarcossindicalistas da CGT, considera que nos últimos anos há uma crescente preocupação com o impacto das ações das grandes multinacionais sobre as comunidades indígenas e camponesas, e as consequências sociais, econômicas, políticas, etc. que surgem destas ações. Por esta razão, de acordo com a Aliança para a Justiça Global, é urgente estabelecer mecanismos para controlar e punir os abusos das grandes corporações, a fim de evitar a impunidade e evitar sua repetição. E no caso da Espanha, explicam que apesar do desenvolvimento de sistemas de apoio, através de subsídios, para a internacionalização das empresas, onde as “boas práticas” são reconhecidas, ainda não existe um mecanismo eficaz que permita monitorar e avaliar a fim de pôr um fim ao não cumprimento em relação ao respeito aos direitos humanos.
Por outro lado, esta plataforma assegura que as violações dos direitos humanos aumentaram na última década, o que mostra que o direito internacional neste sentido é muito frágil. É por isso que esta demanda é mais necessária e urgente do que nunca, dado o contexto global de guerras, crise climática, crise energética, crise sócio-ecológica e o avanço do capitalismo e das desigualdades entre os seres humanos, em contraste com as grandes facilidades que são dadas, através dos Estados, às grandes multinacionais.
A CGT também acredita que o projeto de lei sobre “a proteção dos direitos humanos, sustentabilidade e diligência devida nas atividades comerciais transnacionais”, lançado pelo Ministério dos Direitos Sociais e Agenda 2030 do governo espanhol, não é suficiente. É por isso que a organização negra e vermelha apoia esta proposta, com o objetivo de aumentar as inspeções e controles públicos para que os direitos de todos os seres humanos sejam garantidos em todos os lugares do planeta.
A CGT também enfatizou que a vida das pessoas não pode ser relegada ao segundo ou terceiro lugar em benefício das grandes corporações, que concentram o poder nas mãos de poucos e impedem que a riqueza seja distribuída de uma maneira diferente, com maior solidariedade entre os cidadãos.
Tradução > Liberto
agência de notícias anarquistas-ana
acende chama
sorriso no escuro
sol de quem ama
Carlos Seabra
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!