Registro do ato do Primeiro de Maio Anarquista, em São Paulo.

Nessa segunda-feira, 1º de maio de 2023, as ruas do centro da cidade de São Paulo foram tomadas por um cortejo chamado pelos coletivos Biblioteca Terra Livre (BTL), Centro de Cultura Social de São Paulo (CCS), Núcleo de Estudos Libertários Carlos Aldegheri (NELCA) e Coletiva Anarco Feminista Insubmissas (CAFI), com as bandas Fanfarra Clandestina e Bloco Fluvial do Peixe Seco. Reunimos cerca de 200 pessoas.

Parando carros e cruzamentos, lembramos com alegria rebelde que esse dia tem na sua origem a revolta anarquista contra a exploração de quem trabalha. Sem pedir autorização para polícia, sem carro de som, com organização horizontal e autogestionária. Com canções e panfletagem, atravessamos quarteirões, saindo da Praça Roosevelt com destino à sede do Centro de Cultura Social, onde realizou-se uma minifeira de livros e a leitura da peça “1º de Maio” de Pietro Gori.

O 1º de Maio marca o martírio dos 8 anarquistas presos e condenados em Chicago, em 1886, além de ser uma data de união e mobilização contra o mundo do trabalho governado pelo Estado e pelo Capital. O teatro social e as leituras coletivas, somados aos atos nas ruas, são ferramentas usadas historicamente para espalhar o sentimento de solidariedade e de ingovernabilidade entre os nossos, e o CCS, que completa 90 anos em 2023, sempre foi um agregador para essas ferramentas de luta. A gente se forma, a gente se organiza, a gente luta. Nós por nós.

Agradecemos a todas as pessoas que estiveram presentes no cortejo, e também às que pararam para ver o bloco passar e às que leram os nossos folhetos. A ação direta coletiva é a única forma de enfrentar o Estado e o capital, para construir um mundo onde, cada vez mais, a vida seja livre, com pão, arte, cultura, educação e autogestão, para todes.

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agência de notícias anarquistas-ana

na noite, o vento
vindo cheiroso de ver
madressilvas.

Alaor Chaves