Os Kokamas são um povo indígena da Amazônia, que vive entre o Peru e a Colômbia. Na terça-feira (06/06), usando canoas, um grupo de indígenas cercou duas barcaças que transportavam petróleo em um dos rios da imensa floresta, antes de capturar essas embarcações. Um verdadeiro ataque “com coquetéis molotov”, explica a petrolífera canadense PetroTal, proprietária dos navios. Uma das barcaças está carregada com 40.000 barris de petróleo. A PetroTal é a maior produtora de petróleo bruto do Peru.
“No momento, temos duas barcaças, uma delas de bandeira brasileira, com tripulação brasileira, e a outra é peruana”, disse José Luis Medina, representante da companhia, ao canal TV Peru.
Com todo o seu cinismo, a PetroTal ousa acusar a captura das suas barcaças de “muito perigosa com risco de impacto ambiental na região”.
Esta ação é organizada contra esta multinacional, em nome da preservação da natureza. Pela internet, simpatizantes da Associação Indígena para o Desenvolvimento e Conservação do Bajo Puinahua (Aidecobap) acusam a PetroTal de destruir o meio ambiente “com total impunidade”. Em março, esses militantes ocuparam uma plataforma de petróleo na Amazônia peruana. Na região de Loreto, no norte do Peru, os indígenas também bloquearam a passagem de petroleiros em um rio.
Recorde-se que em fevereiro de 2022 um oleoduto vazou no meio de uma reserva natural da Amazônia, derramando mais de 6.000 barris de petróleo e causando danos consideráveis ao ecossistema e aos habitantes. Em janeiro do mesmo ano, ocorreu um vazamento de óleo na costa do Peru: 11.900 barris de óleo vazaram no mar devido a um vazamento durante o descarregamento de um navio-tanque. E esses não são os únicos desastres causados nos últimos anos pelas petrolíferas no país.
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!